Política

Esquerda de MT “some” da Câmara Federal e tem força reduzida na Assembleia Legislativa

PT será o único partido com mandato a partir de 2023 e deverá ficar praticamente isolado em defesa da agenda própria

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Esquerda de MT “some” da Câmara Federal e tem força reduzida na Assembleia Legislativa
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Os partidos de esquerda não terão representantes de Mato Grosso na Câmara Federal a partir de 2023 e aumentarão o número de eleitos para a Assembleia Legislativa. Mas, esse crescimento não deve se converter na força política desejada por eles. 

O Partido dos Trabalhadores (PT) é o único com mandato na Câmara Federal atualmente representado por Rosa Neide. Ela foi a candidata nominalmente mais votada para permanecer no cargo, mas não atingiu quociente eleitoral e ficará de fora. 

Com o fim do mandato dela no início do próximo ano, não haverá nenhum político à esquerda por Mato Grosso na Câmara. A bancada será composta pelas siglas da direita ou de centro – PL (4), União Brasil (2), MDB (2). 

Destes partidos, MDB e União Brasil têm uma posição mais ao centro, o que significa que poderá ter menos dificuldades para se adaptar à agenda do próximo presidente da República, sem distinção de quem seja. 

Na Assembleia Legislativa, o PT conseguiu manter as duas cadeiras possuí hoje para os próximos quatro anos, com Lúdio Cabral e Valdir Barranco. A posição deles dentro da Assembleia deverá ser isolamento na oposição, visto que outros partidos com coloração mais à esquerda elegeram seus candidatos na aliança com o governador reeleito Mauro Mendes (União Brasil). 

É o caso do PSB (Partido Socialista Brasileiro). A sigla conseguiu aumentar o número de cadeiras de três para quatro nessas eleições, com o presidente do diretório estadual, Max Russi, sendo o segundo candidato mais votado. 

Porém, nos últimos anos o partido tem se posicionado a favor das medidas adotadas pelo governo estadual, de centro-direita, e o histórico pesou na decisão das alianças eleitorais. O PSB entrou no arco dos partidos que apoiaram Bolsonaro e não fez oficialmente campanha para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso. 

Exceto PT e PSB, a agenda da esquerda ficará sem espaço. O deputado Wilson Santos foi reeleito pelo Partido Socialista Democrático (PSD), mas mantém uma posição semelhante à do PSB. 

União Brasil e MDB também são os partidos maiores bancadas na Assembleia Legislativa, com quatro representantes cada. Com o PSB, eles somam 12 cadeiras. A esquerda estará dentre os demais partidos, como Republicanos e PSDB, que devem correr por fora.  

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