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Em pedido de prisão de Temer, MPF diz que Blairo Maggi pertencia a organização

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Em pedido de prisão de Temer, MPF diz que Blairo Maggi pertencia a organização
Foto: Dida Sampaio/Estadão

Ex-ministro do Governo Michel Temer (MDB), o ex-senador por Mato Grosso Blairo Maggi (PP) é citado no pedido de prisão cautelar do ex-presidente feito pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ) em 15 de março. Embora não haja menção a qualquer irregularidade praticada por Maggi, ele aparece em uma lista de líderes do PP e MDB que supostamente pertenceriam a organização criminosa e teriam sido beneficiados com o impeachment de Dilmar Rousseff (PT).

Na ação, que culminou na prisão de Temer na quinta-feira (21), o MPF lembra que o MDB deixou formalmente a base do Governo Dilma em 29 de março de 2016 e que o pedido de abertura do processo de impeachment da ex-presidente foi aprovado pela Câmara Federal em 17 de abril.

“A partir daí, houve um rearranjo no núcleo político da organização apenas para se excluir dele os integrantes do PT, sem que isso tenha significado o término das atividades ilícitas por parte da organização criminosa. Com a mudança de mãos da cúpula do Poder Executivo Federal, houve necessidade de reacomodação dos demais integrantes que permaneceram na organização”, diz trecho do pedido.

Assinada por 11 procuradores, a medida cautelar aponta que Temer assumiu, provisoriamente, a presidência em 12 de maio de 2016 e, em definitivo, em 31 de agosto. “Na sua gestão, garantiu espaços relevantes aos líderes do PP e PMDB que já pertenciam a organização criminosa, com destaque ao papel atribuído a Romero Jucá”, afirmam, expondo na sequência a tabela com o nome do ex-senador por Mato Grosso.

Temer, o ex-ministro Moreira Franco e outras dez pessoas foram presas com a deflagração da Operação Descontaminação, um desmembramento das operações Radioatividade, Pripyat e Irmandade, fases da Operação Lava Jato. As investigações apontaram crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

Nesta segunda-feira (25), por sua vez, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região Antonio Ivan Athié determinou a soltura do ex-presidente, do ex-ministro e de mais cinco presos.

Outro lado

Procurado pelo LIVRE, o ex-ministro Blairo Maggi disse que não iria se manifestar sobre o que chamou de “tamanho o absurdo”. Segundo ele, ao citá-lo o MPF está se referindo à composição do Governo Temer, não a uma suposta organização criminosa.

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