As eleições de 2020 foram quase seis vezes mais perigosas que as duas anteriores – 2016 e 2018 – para quem resolveu disputar um cargo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou 263 casos de lesão corporal, tentativa e até consumação de assassinato contra candidatos.
Os dados foram divulgados pela Agência Senado, que destacou o fato de que 200 dessas ocorrência foram registadas somente no último mês.
Outro dado relevante é que 83% dos casos ocorreu em cidades pequenas, com menos de 200 mil eleitores.
Nas eleições de 2016 (municipais) e 2018 (gerais), segundo o Tribunal, foram somente 46 vítimas em todo o país.
Presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que as mulheres foram as principais vítimas.
“A violência é incompatível com a democracia. E há uma violência que merece destaque: a violência de gênero, os ataques físicos ou morais às mulheres que são candidatas. Esse tipo de agressão é pior que machismo, é covardia. Nós precisamos de mais mulheres na política e precisamos enfrentar essa cultura do atraso, da discriminação”.
Um desses episódios ocorreu em Lucas do Rio Verde (280 km de Cuiabá). Uma candidata a vereadora foi ameaçada e agredida por dois homens em uma moto, quando estava indo para o trabalho.