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Eleição ao Senado: PSDB lança Nilson Leitão e se prepara para “conter” Taques

O ex-governador ainda não desistiu e o partido não quer sua desfiliação por conta do projeto

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Eleição ao Senado: PSDB lança Nilson Leitão e se prepara para “conter” Taques
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

O diretório regional do PSDB em Mato Grosso lançou como pré-candidato na eleição suplementar ao Senado o ex-deputado federal Nilson Leitão. O tucano concorreu ao Senado em 2018 e conquistou 330.430 votos, ficando em 5° lugar.

Avaliado pelos correligionários como alguém com bom trânsito em Brasília, Nilson tem apoio de grande parte do setor do agronegócio e tem sido considerado um “agregador” dentro do PSDB.

Antes de chegar à pré-candidatura, Nilson demoveu dois colegas de partido do projeto. O primeiro foi o prefeito de Cáceres, Francis Maris, e o segundo foi o vereador Subtenente Guinâncio, de Rondonópolis.

O único que Nilson não convenceu do contrário foi o ex-governador de Mato Grosso Pedro Taques, que também estuda a possibilidade de se lançar candidato.

Agora, o presidente estadual do PSDB, deputado Carlos Avalone, afirma ter como missão  convencer Taques a não se candidatar e a não sair do partido por causa disso.

“Hoje de manhã Pedro Taques me ligou. Disse que não quer atrapalhar nem o PSDB, nem o Nilson. Ele disse que está avaliando e que, quando chegar a uma decisão, vai comunicar. Estou trabalhando para que ele fique [no PSDB], caso ele esteja pensando em sair. Eu não quero que ele saia. Nessa batalha precisamos de todos os soldados, e, principalmente, de todos os generais. Ele é um desses generais”, ressaltou Avalone.

Caso Taques ainda queira ser candidato ao Senado pelo PSDB, Avalone afirma que o possível impasse interno seria resolvido na convenção do partido, que está marcada para 11 de março.

Presidente do PSDB, Carlos Avalone diz que está em suas mãos “conter” uma eventual crise entre os filiados (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Bandeiras do governo Federal

Bandeiras hoje defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vão estar na campanha e num eventual mandato de Nilson Leitão. Mas ele sustenta que não se trata de seguir. Segundo ele, algumas dessas ideias já eram objetos de projetos de lei propostos por ele enquanto deputado federal.

“Minha atuação parlamentar já mostra que muitos dos temas que hoje o Bolsonaro defende, são muitas coisas que eu já fiz. Redução da máquina pública, produção agrícola em área indígena, arma para o produtor rural, defesa da família”.

O tucano cita também a reforma administrativa e lembra que, em 2018, apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir o número de senadores de 3 para 2 por Estado e estabelecer o mínimo de 4 e o máximo de 65 deputados federais. Hoje, essa quantidade varia de 8 a 70.

Nilson Leitão sustenta que tem apoio de nomes importantes do governo federal (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Segundo ele, só essas medidas produziriam uma economia de R$ 5 bilhões por ano para o país.

Quanto à produção em terras indígenas, Nilson afirma ter sido o primeiro parlamentar a tratar do tema, em 2011, quando convocou uma audiência pública com participação de 200 índios. Segundo o pré-candidato, mais de 90% dos indígenas disseram, à época, que queriam ter liberdade para produzir em suas terras.

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Nilson Leitão afirma que ainda não definiu quem deve compor sua chapa como 1° e 2° suplentes.

Dentre os apoiadores de dentro do PSDB, está a prefeita de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira.

E no ato de lançamento da pré-candidatura também estiveram presentes o deputado estadual Wilson Santos, o ex-governador Rogério Salles, os prefeitos de Sorriso, Ari Lafin, de Jaciara, Abdo Mohammad, e o de Cáceres, Francis Maris.

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