O empresário Roberto Dorner, prefeito de Sinop (505 km de Cuiabá), deu um passo em falso para a sua candidatura de reeleição. Ele trocou, no começo da semana, o Republicanos pelo PL, mas a recepção não foi a almejada.
A entrada causou reações de deputados federais e do ex-presidente Jair Bolsonaro que não gostaram da ideia de Dorner ser o candidato do partido.
“Ele é um corpo estranho no partido. Bolsonaro não pediu para o Dorner entrar, ninguém aqui pediu para o Dorner entrar. Foi o Dorner que deu um jeitinho”, disse o deputado federal, Abílio Brunini.
Abílio é um dos quatro parlamentares liberais que reagiram negativamente à filiação. O ato ocorreu na quarta-feira (20) com a presença do presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto. A migração teria tido o apoio de Bolsonaro, já pensando na campanha eleitoral deste ano.
No entanto, Bolsonaro a informação ontem (21) e disse apostar na candidatura da empresária Mirtes Grotta. “Não fechei compromisso nenhum com ele, não fui perguntado se seria a favor ou contra. Eu quero que vocês, executiva municipal, deputados estaduais e federais, decidam”, disse Bolsonaro em vídeo.
O ex-presidente estadual do PL, senador Welington Fagundes, disse que a direção nacional do partido, Valdemar da Costa Neto e Bolsonaro, é que decidirão quem será o candidato em Sinop. Ele evitou confronto com deputados que não gostaram da entrada de Dorner.
“Sinop é um polo importante para Mato Grosso e para o Brasil, quem vai decidir a situação são Valdemar da Costa Neto e Bolsonaro. O que eles decidirem, nós cumprimos. E [o problema dos deputados] cabe ao presidente estadual, Ananias Filho.