Cuiabá

Dívida de Cuiabá dará o tom da campanha eleitoral em 2024

Cientista político afirma que questões políticas devem ficar em segundo plano

2 minutos de leitura
Dívida de Cuiabá dará o tom da campanha eleitoral em 2024
(Foto: Ednilson Aguiar / arquivo / O Livre)

Uma nova eleição será realizada em 2024 e ela traz junto a apreensão de se veremos mais um confronto acalorado entre direita e esquerda.

Os ânimos ferrenhos de 2022 continuam em ação e podem armar campanhas eleitorais mais enérgicas. Mas, pelo menos em Cuiabá, os problemas imediatos devem encobrir essas disputas.

O cientista político João Edisom diz que o final melancólico da administração do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) vai exigir um discurso mais pragmático dos candidatos.

“O cenário para o confronto entre direita e esquerda ainda não está armado em Cuiabá, ele pode se armar, mas não acredito que passará da terceira semana de campanha. Os candidatos vão ter que mostrar propostas para problemas que estão à vista de todos, e essa questão vai dominar a eleição”, comenta.

Joao Edisom diz que o parecer pela reprovação das contas de 2022 de Emanuel Pinheiro revelou uma falha política. Assuntos que vinham sendo discutidos isolada e esporadicamente ficaram resumidos no julgamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A dívida de R$ 1,2 bilhão seria um indicador de que os 8 anos de mandato de Emanuel tendem a terminar mal e estenderem o problema para quem receber o comando.

“O eleitor de Cuiabá está com uma dor que precisa ser resolvida. Nenhum político vai longe na próxima eleição se não tocar nesse assunto. No início, pode ser que alguns tirem proveito da polarização direita versus esquerda. Mas, como isso vai resolver os problemas reais de Cuiabá? Eles terão que dar conta disso”, disse.

Conforme o cientista político, a preocupação mais premente dos candidatos será se afastar do prefeito Emanuel, tanto nos palanques quanto por associação à sua imagem.

A fuga pode impulsionar o conflito de anos com o governador Mauro Mendes (União Brasil). O apoio a Emanuel, desde a eleição de 2020, se mantém dentre servidores públicos nos bairros mais tradicionais de Cuiabá.

Foi a parcela dos eleitores que o reelegeu no segundo turno e que pode engrossar a disputa.

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