Quem tem filhos e tentou curtir o Dia das Crianças comendo fora de casa, provavelmente, sentiu o impacto dessa atividade familiar no bolso. Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que 11 tipos de serviços – dos mais procurados nessa época do ano – tiveram aumento de custo ao consumidor de 5,45% do ano passado para cá.
Os produtos que mais afetaram o bolso de quem resolveu comemorar comendo foram de casa foram:
- refrigerante: 6,64% mais caro
- doces e salgados: 6,18%
- sanduíches: 5,98%
Quem resolveu levar as crianças ao cinema também não escapou. Esse tipo de serviço é o líder da lista dos que subiram de preço nos últimos 12 meses: um aumento de 8,02%.
Matheus Peçanha, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, afirma que os serviços de alimentação são um dos principais responsáveis por manter a inflação elevada no país.
E se você acha isso estranho, já que houve queda nos preços dos alimentos em geral, ele tem uma explicação. O setor começou a repassar para o consumidor os custos represados durante o período da pandemia. Para essas empresas, agora é que as margens de lucro estão voltando a crescer.
Quem deu presente, saiu no lucro
Já quem resolveu presentear a criançada, não deve ter sentido tanta diferença no bolso em comparação com o ano passado. A cesta dos 11 produtos tradicionais teve um aumento de apenas 0,12%, conforme o levantamento da FGV.
Conforme dados da pesquisa, isso se deve principalmente à redução nos preços de bens duráveis. Na lista dos que estão mais baratos que no ano passado estão:
- computadores e periféricos (-3,78%)
- aparelhos celulares (-3,02%)
- televisores (-1,75%)
- bicicletas (-0,48%).
Por outro lado, os produtos semiduráveis, como livros (10,16%), calçados infantis (8,02%) e roupas infantis (6,27%) tiveram aumentos superiores aos observados no setor de serviços.