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Desembargador manda soltar ex-servidor da Câmara acusado de lavar dinheiro de facção em casas noturnas

Rodrigo de Souza passará a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair da cidade.

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Desembargador manda soltar ex-servidor da Câmara acusado de lavar dinheiro de facção em casas noturnas

Rodrigo de Souza Leal, ex-servidor da Câmara de Cuiabá e promotor de eventos, será colocado em regime semiaberto com uso de tornozeleira eletrônica. Ele foi preso durante a Operação Ragnatela, que mirou um grupo criminoso envolvido com uma facção criminosa, que lavava dinheiro através de casas noturnas e produção de eventos.

A decisão de soltura é do desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça (TJMT).Ele acatou o pedido do advogado de defesa, Augusto Bouret, argumentando que o acusado não tem antecedentes criminais e que sua prisão em regime semiaberto não atrapalha o andamento do processo ou da investigação.

“No entanto, não se pode deixar de ter em mente a gravidade concreta da conduta, supostamente, praticada pelo paciente, levando em consideração que, em tese, era um dos responsáveis, juntamente com a corré Kamilla Beretta Bertoni, pela divisão e repasse dos lucros obtidos com a realização de shows à facção criminosa “Comando Vermelho”. Logo, para conciliar a liberdade individual do paciente – cuja restrição se sujeita a ultima ratio – de um lado; e a ordem pública, de outro lado, é impositiva a adoção de algumas das medidas cautelares descritas no art. 319 do Código de Processo Penal, mediante, a aceitação do cumprimento de tais condições, por parte dele”, argumenta o magistrado em sua decisão.

Além de usar tornozeleira, rodrigo ainda terá que comparecer em todos os atos desse processo; não poderá deixar a cidade, exceto com prévia autorização judicial; não poderá manter contato com outros investigados no processo e manter seus endereços atualizados.

Operação Ragnatela

Conforme o LIVRE noticiou, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT), com o apoio do CIOPAER e do GAECO/MPMT, deflagrou em 5 de junho a Operação Ragnatela, com objetivo de desarticular o núcleo da maior facção criminosa do estado de Mato Grosso, Comando Vermelho, responsável por lavagem de dinheiro em casas noturnas cuiabanas.

Segundo a Polícia Federal, as investigações da FICCO apontaram que o grupo criminoso teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá, na Avenida Beira Rio, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas.

A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, como o MC Poze, custeados pela facção criminosa Comando Vermelho, em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

As investigações apontaram, ainda, que os integrantes da facção repassaram ordens para que não fossem contratados artistas de São Paulo, tendo em vista ser um estado sob influência de outra facção, rival da que atua em Mato Grosso.

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