Consumo

Férias de julho: dicas de organização financeira para curtir com tranquilidade

Especialista orienta sobre como organizar o orçamento para aproveitar as férias sem deixar a responsabilidade financeira de lado

4 minutos de leitura
Férias de julho: dicas de organização financeira para curtir com tranquilidade
(Foto de Vlada Karpovich no Pexels)

O mês de julho se aproxima e junto com ele o período de férias, quando muitas famílias aproveitam para viajar ou programar passeios. Mas como preparar o orçamento para este momento? Planejar com antecedência, se organizar financeiramente, separar recursos para possíveis gastos extras e também para os compromissos do mês seguinte são as principais dicas para aproveitar o período de férias de forma tranquila e sem dor de cabeça, afirma a consultora de negócios do Sicredi, Djully Mantoani.

Ela explica que, no primeiro momento, é importante avaliar a situação financeira para compreender qual o orçamento disponível para o período de férias. Em seguida, conhecer as opções de lugares desejados e então definir quando viajar. A partir disso já é possível fazer pesquisas em relação a valores de hospedagem, passagens, passeios, alimentação, deslocamento, dentre outras despesas típicas deste período.

“Assim como devemos organizar e planejar o orçamento mensal – a partir do salário que é recebido e os compromissos financeiros como aluguel, contas de água e energia, fatura de cartão de crédito, e etc. – também é necessário ter uma ‘caixinha’ com recursos a serem dedicados aos momentos de descanso, descontração e lazer. Nela, é importante separarmos uma parte para planejamento das férias”, pontua Djully.

Nesse sentido, a consultora relembra os ensinamentos de Daniel Kahneman, que no livro “Rápido e devagar: duas formas de pensar”, faz uma análise sobre a mente humana e evidencia duas formas de pensar: uma é rápida, intuitiva e emocional; e a outra é mais lenta, deliberativa e lógica, fazendo um paralelo com os hábitos de consumo durante o período das férias.

“Quando estamos em um período de descanso tendemos a ser mais rápidos nas decisões, agindo muito pelo nosso emocional e pela impulsividade, aquele famoso ‘só se vive uma vez’, e com isso podemos tomar decisões que irão afetar o orçamento no futuro. O que podemos fazer para evitar isso é utilizarmos do pensamento mais lento e lógico. Para isso podemos pensar em algumas perguntas para nos fazer antes de comprar”, orienta.

Dentre as perguntas, complementa Djully, estão: “Essa despesa extra cabe no meu orçamento atual?”; “Realmente preciso disso, ou estou deixando meu emocional vencer?”; “Terei outra oportunidade de comprar ou fazer isso?” e “Tenho a real necessidade desse item?”.

Segundo ela, se uma das respostas for não, provavelmente será uma compra impulsiva e que pode ser evitada, e talvez isso seja passível de planejamento e organização financeira para uma aquisição em oportunidade futura.

Para aqueles que conseguem guardar um pouco mais, também é possível separar recursos para esses gastos extras e imprevistos que possam ocorrer. E se mesmo com esses cuidados ainda houver endividamento decorrente das férias e risco de inadimplência, Djully orienta que é necessário voltar no processo de organização financeira, de entendimento do orçamento mensal, do valor e tempo necessário para liquidar essa dívida.

“Nesses momentos, é interessante verificar se há algum crédito pré-aprovado que suporte o valor necessário ou verificar as formas de parcelamento das dívidas atuais, sempre analisando o que melhor se ajusta ao orçamento, evitando que se torne algo ruim para o equilíbrio financeiro. Caso haja um parcelamento é importante estar atento ao valor dessas parcelas, pois entrará nas suas despesas mensais pelo tempo contratado”, relembra.

Férias com viagem programada

Àqueles que não abrem mão de um planejamento e organização e que desejam fazer uma viagem mais estruturada, a sugestão é fazer um consórcio de serviços, com a finalidade de viajar. O consórcio funciona como uma poupança programada e pode ser usado também por aqueles que têm dificuldade de guardar dinheiro.

No Sicredi, por exemplo, cita Djully, os associados têm planos de até 36 meses e a contratação do serviço é feita a partir da contemplação por sorteio ou lances, fixos e livres.

Organização sempre

Para auxiliar a saúde financeira, o Sicredi desenvolve programas de educação financeira, seja de maneira presencial, com turmas de participantes organizadas pelas agências, ou de maneira online, com cursos gratuitos disponibilizados nos sites Sicredi na Comunidade ou sicredi.com.br/site/educacaofinanceira/.

(Com Assessoria)

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