A bancada de Mato Grosso na Câmara Federal ficou dividida na votação que tirou o Coaf dos cuidados do ministro da Justiça, Sérgio Moro. Foram favoráveis à manutenção do órgão com Moro os deputados Juarez Costa (MDB), Nelson Barbudo (PSL), Doutor Leonardo (SD) e Emanuel Pinheiro Neto – o Emanuelzinho (PTB). Votaram pela derrota do governo no caso os deputados Valtenir Pereira (MDB), Professora Rosa Neide (PT) e o líder da bancada, deputado Neri Geller (PP). O José Medeiros não participaram da votação. No total, foram 228 votos contra a proposta e 210 votos favoráveis. 

O LIVRE buscou contato com os deputados para saber a motivação da escolha de cada um deles. No entanto, nem todos responderam à reportagem.

O deputado Nelson Barbudo atendeu o LIVRE e disse que seguiu a orientação da legenda na votação da Medida Provisória 870 e votou pela manutenção do Coaf com Moro. Para ele, o Coaf na Justiça seria essencial para que o ministro Sérgio Moro pudesse corrigir eventuais falhas encontradas na operação Lava Jato. “Por poucos votos a Câmara decidiu e o Coaf fica com o ministro Paulo Guedes, no Ministério da Economia. Da mesma forma, como o governo é sério e honesto, não houve trauma”, comentou.

Barbudo disse ainda que Paulo Guedes é um dos mais respeitados ministros que o país já teve. “Essa decisão tem que ser respeitada porque o plenário é soberano, mas a votação mostrou que tem deputados que não aceitavam de forma alguma o Coaf com a Justiça. Mas, a democracia é assim, uma hora ganha e outra hora perde. A votação foi calorosa em função do governo ser novo e a esquerda está desesperada porque perdeu o espaço que tinha dentro da União”, contou.

O deputado Neri Geller votou contra a manutenção do Coaf com Moro, no entanto, destaca que o próprio governo, através de suas lideranças, já vinha trabalhando para isso desde a quinta-feira passada (16). Portanto, não acha que votou contra o governo, mas seguindo a orientação de que o Coaf precisa ficar próximo à Fazenda.

Neri destacou ainda que se não fosse dessa forma talvez o texto não passaria e o governo voltaria a ter 29 ministérios, como era o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). “Entendo que o Coaf precisa ficar perto da Receita Federal que faz o combate a evasão de divisa e sonegação fiscal. No mundo inteiro o Coaf fica com a Economia, dentro deste contexto, sob orientação da Casa Civil eu votei pela manutenção do Coaf na Economia”, destacou lembrando a orientação da Casa Civil.

Valtenir também votou contra o Coaf com Moro e destacou que o órgão sempre teve uma boa atuação desde a sua condução. Sendo responsável, por exemplo, por revelar movimentações suspeitas da empresa de palestra do ex-presidente Lula (PT) com a Odebrecht, revelar a movimentações financeiras suspeitas de R$ 51 bilhões de envolvidos da Lava Jato, além das movimentações que revelaram o escândalo da JBS.

O deputado ainda comparou o conselho como o motorista de uma ambulância sendo designado para atender também outra função. “Na hora que o doente precisa dele, está ocupado fazendo outras coisas”, disse.

Quem também se posicionou foi a deputada Professora Rosa Neide, segundo ela, o Coaf no mundo inteiro é do ministério da economia . “A estrutura do estado não pode mudar de lugar para agradar A, B ou C. Creio que o ministro Paulo Guedes é da confiança do presidente da República”, disse a parlamentar.

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