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Demora em nomeação de CPI pode desacreditar investigação, diz vereador

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Demora em nomeação de CPI pode desacreditar investigação, diz vereador

Divulgação

CPI Obras Sinop

Para vereador, atraso no início dos trabalhos cria descrédito da Casa junto à população

Anunciada em fevereiro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para a investigação da execução do pacote de obras públicas no valor de R$ 57 milhões ainda não tem a nomeação dos membros que vão compor a equipe. De acordo com o presidente da Câmara, o vereador Ademir Bortoli (PMDB), a demora está acontecendo porque o nome de um dos membros foi retirado.

“Nós já iríamos dar continuidade nos trabalhos, mas o vereador Joacir Testa (PDT) pediu para retirar seu nome, já que agora ele é o novo líder da prefeita na Casa. Então vamos aguardar para que o partido indique um novo nome”, explicou.

Para o vereador Leonardo Visera (PP), autor do pedido de investigação, o atraso no início dos trabalhos cria um descrédito da Casa junto à população.
“Uma CPI já tem a fama de acabar em pizza, e com essa demora para iniciar fica ainda pior. Nós temos que fazer o nosso papel de investigar com o máximo de celeridade, mas não é o que está acontecendo”, desabafou.

Relembre o caso
De acordo com o contrato firmado em 24 de julho de 2014 – ainda sob a gestão do ex-prefeito Juarez Costa – o pacote de obras deveria contemplar pavimentação asfáltica, sinalização viária, ciclovia, passeio público com acessibilidade, drenagem de águas fluviais e sistema de esgotamento sanitário. A princípio, o prazo para entrega da obra era 10 de julho de 2017. Atualmente, o contrato segue com aditivo de prazo de entrega para 03 de julho de 2018.

Visera solicitou a abertura da CPI na primeira sessão do ano, dia cinco de fevereiro. Na tribuna, o parlamentar apresentou fotos e expôs alguns dos problemas identificados nos bairros que receberam as benfeitorias. Entre elas, o desnivelamento das ruas e a inexistência de bueiros. Essas falhas de engenharia, segundo ele, prejudicam a escoação da água pluvial e coloca a população em risco iminente de alagamentos. “Isso leva a crer em possível descumprimento de contrato”, pontuou.

A empresa foi contratada para executar obras de pavimentação asfáltica, sinalização viária, ciclovia, passeio público com acessibilidade, drenagem de águas pluviais e sistema de esgotamento sanitário em 13 bairros do município, sendo eles: Jardim Europa, Jardim Vitória Régia, Jardim Imperial, Jardim das Violetas, Jardim das Oliveiras, Bairro Maria Carolina, Jardim Santa Rita, Jardim Novo Estado, Jardim dos Ipês, Residencial Daury Riva, Jardim das Orquídeas, Parque das Araras e Setor Industrial Norte.

O contrato foi firmado com valor inicial de R$ 54.770.499,56. Após alguns aditivos, o valor final chegou à pouco mais de R$ 57 milhões. As obras iniciaram em 24 de junho de 2014 com prazo para entrega, após adiamentos, para três de junho deste ano.

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