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Delegado lamenta falta de cooperação da Bolívia contra roubo de carros

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Delegado lamenta falta de cooperação da Bolívia contra roubo de carros

Ednilson Aguiar/O Livre

secretário Rogers Jarbas durante coletiva

O delegado Marcelo Torhacs, à esquerda: falta de cooperação com autoridades bolivianas dificulta combate aos roubos

Coordenador da Operação Ares Vermelho, que desarticulou a principal quadrilha de roubos e furtos de veículos de Cuiabá, o delegado Marcelo Torhacs atribuiu parte do aumento dos registros dessa modalidade criminosa à falta de “cooperação” das autoridades bolivianas.

Em entrevista ao programa Estúdio Livre, transmitido pela Band MT e a rádio Band FM, o delegado disse que o principal destino dos veículos furtados e roubados na região metropolitana é o país vizinho.

Entretanto, segundo ele, a “ajuda é quase nula”. “A cooperação é praticamente inexistente entre Brasil e Bolívia”, afirmou.

Depois de cruzar a fronteira, os veículos roubados no Brasil são trocados por drogas, armas e munição. Em muitos casos, acabam legalizados no país vizinho.

Segundo estimativa da PJC, a quadrilha que foi alvo da Operação Ares Vermelho foi responsável por 60% dos roubos e furtos de veículos ocorridos na região metropolitana nos últimos três meses.

Neste período, foram registradas 682 queixas, ou seja, 409 ocorrências podem ter sido fruto da ação da quadrilha.

De acordo com a polícia, os envolvidos lucravam, em média, R$ 3 mil a cada revenda ou troca dos carros roubados.

Cerca de 90% deles, no entanto, acabaram recuperados, o que frustrou um rendimento aos criminosos que poderia chegar a R$ 1,2 milhão, de acordo com dados da investigação.

Investigação
A operação é fruto de uma investigação sigilosa iniciada há três meses. A polícia acompanhou, por meio das redes sociais, 35 eventos criminosos envolvendo roubos, receptação, ocultação e comércio de veículos, além de movimentações financeiras.

Os crimes eram comandados por membros de uma facção que já estão detidos em presídios de Mato Grosso. Eles orientavam integrantes da quadrilha soltos, que colocavam os planos em prática.

De acordo com a Polícia, o roubo dos carros ocorria após uma ronda dos criminosos pela cidade para informar os líderes do bando sobre os veículos que estavam “à disposição”.

Transferência
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) vai negociar a transferência para prisões federais dos integrantes alvos da operação.

O objetivo é evitar a comunicação entre eles. De acordo com a Sesp, em 2014 presos identificados como membros da quadrilha foram transferidos para presídios do interior. A medida, no entanto, fez com que a facção se espalhasse pelo Estado.

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