Se você vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano e ainda não tem certeza de qual profissão escolher, é bom dar uma olhada nessa pesquisa. Das 17 ocupações mais bem pagas do país, só 4 não tiveram valorização dos salários, desde 2012.
Os números são de um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo considerou 126 profissões listadas pelo IBGE, que demandam curso de nível superior e cujos salários estão a cima da renda média dos brasileiros, ou seja, R$ 2.836.
Profissões “tradicionais”
Sim, médicos ainda são os profissionais mais bem pagos do país. O salário médio daqueles que possuem alguma especialidade é de R$ 18,4 mil. Mas esse valor já foi 13% maior.
As profissões tidas como “tradicionais” são as que mais tiveram defasagem salarial. Engenheiros químicos lideram a lista, com uma queda de 52% nos salários. Logo depois aparecem os engenheiros civis, com salários 41% mais baixos hoje do que em 2012.
Janaína Feijó, a pesquisadora responsável pelo estudo, afirma que a queda se deve, em parte, à recessão econômica da última década, que teve início em 2014. Isso sem falar na pandemia, que gerou uma onda de desemprego. E a transição de empregos com carteira assinada para o trabalho autônomo também teve seu papel na redução dos salários, segundo ela.
Tecnologia da Informação (TI)
Em contrapartida, as profissões ligadas à Tecnologia da Informação (TI) se destacam com um aumento significativo de salários. Quase todas as profissões que passaram a pagar mais são dessa área.
Se vocês está pensando em seguir esse caminho, saiba que desenvolvedores de páginas de internet e multimídia lideram esse ranking. De 2012 até agora, a valorização salarial deles foi de 91%. O salário médio de quem tem esse cargo, no entanto, ainda é o menor da lista, girando na faixa de R$ 6 mil.
Desenvolvedores de sistemas e aplicativos ganham mais – o salário médio é de R$ 9,2 mil – e a valorização salarial nos últimos anos foi de quase 40%.
A explicação para a valorização desses profissionais, segundo Janaína Feijó, está na escassez de mão de obra qualificada. Por isso, apenas concluir um curso superior não é garantia de nada.