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Ensino superior: cursos com os melhores salários não são os mais disputados

Pesquisa revela que áreas com melhores salários e empregos ainda não são as que mais atraem quem está ingressando no ensino superior

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Ensino superior: cursos com os melhores salários não são os mais disputados
(Foto: Abby Chung)

Ingressar em um curso no ensino superior que abra portas para atuar com “Negócios”, “Administração” ou Direito” há muito tempo é a opção mais procurada por estudantes brasileiros. Em todo o Brasil, são aproximadamente 2,6 milhões de matrículas. No entanto, um novo relatório aponta que, se seu objetivo é ganhar dinheiro, sua escolha deveria ser a área de Tecnologia da Informação (TI). É lá que estão os melhores salários e uma maior demanda por profissionais qualificados.

A constatação está na 13ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, divulgado pelo Instituto Semesp. Sobre os salários dos graduados em TI o levantamento aponta que:

  • 20,5% recebem entre 3 e 4,5 salários mínimos
  • 14,9% recebem entre 4,5 e 6 salários mínimos
  • 8,6% recebem entre 10 e 30 salários mínimos.

Em contraste, apenas 6,1% dos profissionais de outras áreas conseguem receber acima de 10 salários mínimos. E nesse grupo de pessoas que escolheram qualquer outro curso superior, 22,5% recebem apenas até 1,5 salário mínimo.

Melhores salários e mais ofertas de emprego

Além dos salários atrativos, a área de TI apresenta uma alta empregabilidade. Segundo o levantamento, apenas 21,2% dos estudantes desse grupo não estavam empregados em 2021, ou seja, é fácil encontrar um emprego mesmo antes de concluir o ensino superior.

Entre 2018 e 2022, houve um aumento de 10,9% nos empregos formais no setor de TI. Outras áreas de formação  registraram apenas 0,9% de crescimento no mesmo período. Somente em 2022, foram gerados 625 mil empregos formais para profissionais graduados em Tecnologia da Informação.

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Um curso superior nem tão acessível assim

Apesar disso, o estudo também revelou que cursar TI, no Brasil, ainda não é tão acessível a qualquer pessoa.

Os estudantes de TI são, em sua maioria, homens (só 16,5% dos matriculados em 2021 eram mulheres) e possuem uma renda familiar acima da média. Além das mensalidades dos cursos serem mais elevadas, há a necessidade de acesso à tecnologia.

Outro dado relevante é que a região Sudeste concentra a maior parte das matrículas totais na área: 243.653 estudantes.

O relatório utiliza dados do Censo da Educação Superior, IBGE, Ministério da Educação e Ministério do Trabalho, entre outras fontes.

Para o levantamento, foram considerados como cursos da área de TI os seguintes:

  • Animação,
  • Agrocomputação,
  • Banco de Dados,
  • Ciência da Computação,
  • Computação e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em Biociências e Saúde,
  • Ciência de Dados,
  • Criação Digital,
  • Defesa Cibernética,
  • Engenharia de Computação (DCN Computação),
  • Engenharia de Software,
  • Gestão da Tecnologia da Informação,
  • Inteligência Artificial,
  • Internet das Coisas,
  • Jogos Digitais,
  • Redes de Computadores,
  • Segurança da Informação,
  • Sistemas Embarcados,
  • Sistemas para Internet.

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