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Crise paralisa reformas trabalhista e da Previdência

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Crise paralisa reformas trabalhista e da Previdência

A crise deflagrada com a delação premiada do dono da JBS, Joesley Batista, paralisou as reformas trabalhista e da Previdência. O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), defendeu publicamente que o andamento da proposta de mudança nas regras de aposentadoria também seja paralisado. “Certamente, não há espaço para avançarmos com a Reforma da Previdência no Congresso Nacional nessas circunstâncias”, disse.

O relator destaca que a reforma, para a qual ele trabalhou “com tanta determinação”, contribuiu para um cenário de “esperança” no País, um sentimento desfeito de ontem para cá. “A partir das denúncias que surgiram contra o presidente da República, passamos a viver um cenário crítico, de incertezas e forte ameaça da perda das conquistas alcançadas com tanto esforço”, afirmou Oliveira Maia.

O deputado defendeu que a hora agora é de arrumar a casa, “esclarecer fatos obscuros” e responder com a verdade às dúvidas levantadas. Oliveira Maia também reforçou a necessidade de punir “quem quer que seja”, mostrando que a lei vale para todos. “Só assim é que haveremos de retomar a Reforma da Previdência Social e tantas outras medidas que o Brasil tanto necessita”, acrescentou.

O PPS, sigla da qual Oliveira Maia faz parte, é um dos partidos que ameaçam desembarcar do governo do presidente Michel Temer diante da acusação de que o peemedebista teria dado o aval para que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, comprasse o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha nas investigações da Operação Lava Jato. 

Tema secundário
O relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), também disse que não há mais clima para votação do projeto. Na nota, Ferraço destacou que a crise institucional é tão grave que a reforma trabalhista se tornou “secundária”. Ferraço, que é o relator da reforma trabalhista nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, previa a votação do texto no plenário da Casa entre os dias 12 e 15 de junho.

“Na condição de relator do projeto, anuncio que o calendário de discussões está suspenso. Não há como desconhecer um tema complexo como o trazido pela crise institucional. Todo o resto agora é secundário”, diz a nota. Para Ferraço, é necessário priorizar uma solução para a crise e só depois debater as reformas propostas pelo governo.

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

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