O relator das contas públicas de Cuiabá, conselheiro Antônio Joaquim, disse que o endividamento da prefeitura atingiu nível “inaceitável” em 2017, ano em que o valor acumulado subiu 255%. A alta teria piorado a dívida histórica e retirado os votos favoráveis da maioria dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
“Tem um processo histórico de endividamento da prefeitura e uma outra série de problemas. Eu já votei favorável em contas de anos anteriores, mas pioraram e chegaram a um ponto que não tinha mais como aprovar. Eu não tenho nenhuma contaminação política”, disse.
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Dívida de Cuiabá cresceu duas vezes e meia em 6 anos de mandato de Emanuel Pinheiro
As contas de 2022 da prefeitura, o sexto ano de mandato do prefeito Emanuel Pinheiro, têm parecer de reprovação no TCE. O relatório analítico aponta dívida de R$ 1,2 bilhão. No primeiro ano de mandato de Emanuel (2017), a quantia estava em R$ 353,3 milhões.
Em entrevista recente, o prefeito disse que a atribuição da dívida somente ao seu mandato seria injusta, pois ela remontaria à fundação de Cuiabá. A resposta do relator hoje (21) aponta para uma piora grave da situação no período de 6 anos.
“Ele tem razão em dizer que não é só dele, mas, na administração dele, houve um aumento inaceitável da dívida”, afirmou.
A Câmara dos Vereadores deve votar o relatório do Tribunal de Contas até o começo de abril.
