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Conheça as cidades que mais geraram e mais perderam vagas em MT no ano passado

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Conheça as cidades que mais geraram e mais perderam vagas em MT no ano passado

Matusalem Teixeira/Assessoria

Prefeitura de Rondonópolis

Prefeitura de Rondonópolis: sucesso veio da parceria entre diversos setores da economia local

O Estado de Mato Grosso, como o LIVRE mostrou na última semana, foi a unidade da federação que mais gerou vagas de trabalho formal no Brasil em 2017. Se por um lado o número global foi positivo, por outro, os dados detalhados por município mostram uma realidade distinta.

Em um extremo do estado, Rondonópolis gerou 1.660 vagas ao longo do ano – o melhor resultado entre os municípios analisados pelo Ministério do Trabalho dentro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Do outro, Cáceres foi o que mais perdeu vagas: 541.

A explicação para o sucesso de alguns municípios que se destacaram na geração de vagas, segundo fontes dos próprios governos e analistas econômicos, está na criação de uma cadeia de empreendimentos tanto comerciais quanto industriais que dão sustentação ao modelo agro-exportador. Além de Rondonópolis, municípios como Sorriso e Sinop também se destacaram nesse quesito.

No caso de Cáceres, as perdas foram atribuídas, pelo governo, ao fechamento de um hospital que operava na cidade. Paralelamente, o fato de a economia ser altamente dependente da pecuária também foi elencada como possível razão para essas perdas.

Empregos

Sucesso

De acordo com o Gerente de Departamento de Industria e Comércio do município de Rondonópolis, Hermes Moriggi, os principais destaques na geração de vagas no seu município foram as empresas de construção civil, comércio e serviços.

Um ação conjunta do governo com a iniciativa privada – representada por associações – explicaria esses números.

“Foram recuperadas várias obras que estavam paralisadas, e formalizados prestadores de serviços e empreendedores individuais através do Centro de Atendimento Empresarial – CAE”, disse em conversa com O LIVRE. “Com isso também fortalecemos o comércio local com parcerias da Associação Comercial e a Câmara de Dirigentes Logística”, prosseguiu.

O economista da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Ernani Lucio Pinto de Souza atribui essas parcerias ao excedente de capital gerado no modelo agro-exportador do Estado.

“A indústria acaba sendo o maior empregador dos municípios. Cidades como Rondonópolis, Sinop e Sorriso tem trabalhado no sentido de desenvolver indústrias locais para darem suporte à produção agrícola”, afirmou.

Lanterna

Já no caso de Cáceres, a prefeitura atribuiu a queda nas vagas basicamente ao fato de a Associação Congregação Santa Catarina ter deixado de gerir o Hospital Regional de Cáceres. Nesse movimento, diz a prefeitura, foram perdidas 490 vagas.

“O Estado, emergencialmente, recontratou mais de 95% destes funcionários, porém como entidades governamentais não precisam enviar os dados do CAGED, a recontratação não foi computada no relatório final”, disse a Prefeitura em nota.

Dessa forma, teriam sido perdidas 51 vagas, o que ainda manteria Cáceres na lanterna, atrás de Colider (-40) e Juína (-36), penúltima e antepenúltima no quesito.

Ainda assim a prefeitura comemorou o resultado. “Entendemos que mesmo com essa recontratação, Cáceres ficaria com aproximadamente -70 postos de trabalho com registro em carteira, porém uma evolução quando comparada a 2016, ano em que a variação ficou em -344”, afirmou a administração do município.

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