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Cinco episódios insólitos da carreira política de João Emanuel

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Cinco episódios insólitos da carreira política de João Emanuel

 

O advogado e ex-vereador de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima, é figura conhecida do cenário político mato-grossense. Nesta quarta-feira (08/02), começaram as audiências da ação penal resultante da operação Castelo de Areia, na qual ele é acusado de aplicar golpes por meio de uma empresa que ludibriava vítimas interessadas em empréstimos. Com a “Soy Group”, segundo a denúncia, João Emanuel usou várias artimanhas para dar veracidade às negociações internacionais supostamente conduzidas pela empresa. O LIVRE separou uma lista dos absurdos da agitada carreira política do ex-vereador:

 

1 – Chinês falso

João Emanuel

 

Na Castelo de Areia, João Emanuel é acusado de montar um esquema para falsificar empréstimos. Ele recebia dinheiro de interessados em concessões de crédito, supostamente como garantia e seguro. Os recursos dos empréstimos viriam de um banco chinês. Para dar credibilidade à negociação, diz o Ministério Público, um falso chinês foi utilizado pelo advogado, que fingia traduzir as palavras em mandarim para o português a uma das vítimas. O ex-vereador nega todas acusações e diz que atuou no grupo apenas como assessor jurídico.

 

 

2 – Condomínio para americanos na Amazônia

Arte sobre foto Câmara/CBA

João Emanuel 1

 

Outra suposta vítima de João Emanuel na mesma ação foi o empresário Edson Vieira dos Santos, dono da Criativa Construções. Segundo a vítima, o ex-vereador disse que trabalhava com crédito internacional e possuía um empreendimento na Amazônia: um condomínio em meio à floresta, com objetivo de ser oferecido a clientes americanos. O valor do empreendimento seria de R$ 7 bilhões. Empolgado com a conversa, o empresário disse à Justiça que emitiu 40 cheques que somavam R$ 50,5 milhões. No desenrolar do “negócio”, Santos percebeu que algo estava errado e mandou sustar os cheques milionários. No final, perdeu uma moto e uma caminhonete.

3 – Trânsito internacional

 

Arte sobre foto Câmara/CBA

João Emanuel 9

O empresário Teilor Seidler afirmou à Justiça ter sido mais uma das vítimas da suposta quadrilha montada pelo ex-vereador de Cuiabá na Castelo de Areia. Ele afirmou que ficou impressionado com as ramificações internacionais do Soy Group e que chegou a acompanhar um integrante da diretoria da empresa em uma viagem de negócios ao Chile. O prejuízo, segundo Seidler, foi de pelo menos R$ 2 milhões.

 

4 – Câmara de Cuiabá “Só tem artista”

Arte sobre foto Câmara/CBA

João Emanuel 9

 

Eleito vereador de Cuiabá em 2012, João Emanuel começou a ter problemas logo em seu primeiro ano de mandato. O MPE acusou o vereador de fraude a licitação e por supostamente liderar um esquema de grilagem de terras. Entre as provas levantadas na operação Aprendiz, estava um vídeo em que João Emanuel aparecia negociando o favorecimento de uma empresária em licitações da Câmara Municipal de Cuiabá. Na gravação, ele se referiu a seus pares à época da seguinte maneira: “Ali é só artista, o mais tranquilo a senhora nem imagina”. Em abril de 2014, acabou cassado. Em recurso à Justiça para reaver o mandato, alegou cerceamento de defesa. Não convenceu a ninguém.

 

5 – Mercado de sentenças

Arte sobre foto Câmara/CBA

João Emanuel 9

 

 O ex-vereador ainda foi denunciado à época por um esquema de venda de sentença. O objetivo seria conseguir a soltura de narcotraficantes internacionais da família Pagliuca. De acordo com a denúncia do MPE, o vereador era o organizador do grupo e coordenava as ações do estudante de direito Marcelo Santana, que tentava convencer um assessor da Vara do Crime Organizado a redigir uma decisão favorável a liberação dos traficantes. À Justiça, ele negou envolvimento.

 

 

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