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Servidores e deputados buscam acordo de paz

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Servidores e deputados buscam acordo de paz

Mauricio Barbant/ALMT

Reunião AL e Fórum Sindical

Eduardo Botelho se reuniu com representantes do Fórum Sindical

Antes mesmo de ser enviado à Assembleia Legislativa, o projeto que estabelece o teto nos gastos públicos em Mato Grosso provoca discussões entre o Fórum Sindical e os deputados estaduais. Depois de um embate duro no ano passado pela Revisão Geral Anual (RGA), que teve até troca de ofensas, os dois lados prometem um tratamento respeitoso – se não forem provocados.

Nesta semana, uma reunião entre o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), e representantes de sindicatos de servidores estaduais ensaiou uma tentativa de acordo de paz. Uma das medidas já confirmadas pelo governador Pedro Taques (PSDB) a respeito do projeto é o aumento da contribuição previdenciária, de 11% para 14%. O texto pode trazer ainda medidas de congelamento de salários e progressões de carreira.

“A conversa que tive com eles é que eu quero respeito aqui dentro. Que eles criem uma equipe de alto nível e venham discutir com os deputados mostrando os prós e contras. Já foi consensuado entre eu e os presidentes dos sindicatos que houve erro na condução na questão da RGA e não vai mais ocorrer isso. Estou confiante que isso vai ser cumprido e não vai mais ocorrer”, afirmou Botelho à imprensa.

O coordenador do Fórum Sindical, Oscarlino Alves, também cobrou respeito. Ele disse que a conversa com Botelho foi amigável, e que cabe aos dirigentes sindicais coibir os excessos, na medida do possível.

“Da outra vez, teve deputado que me xingou em reunião oficial. Ele era o líder do governo”, disse, referindo-se a Wilson Santos (PSDB). “Teve o Gilmar Fabris (PSD), que fez gestos obscenos. Isso tudo inflamou os servidores. Não tem como controlar a reação quando acontece uma coisa dessas. Nos últimos tempos, o Jajah Neves (PSDB) já fez algumas provocações”, pontuou o sindicalista.

Oscarlino disse que Botelho prometeu cumprir o regimento interno da Casa – o que não significa garantia de uma discussão ampla na medida que desejam os servidores. “Ele tem que atender os pedidos de audiência pública que outros deputados propuserem e respeitar os prazos das comissões. Mas ele também pode pedir dispensa de pauta e votar em regime de urgência. Isso é permitido pelo regimento”, observou.

Ele não adiantou como serão os protestos durante a discussão do teto de gastos. “Os tipos de manifestação decidiremos em assembleia”, disse.

Em 2016, servidores em greve geral colocavam carros de som e lotavam a frente e o interior do prédio da Assembleia Legislativa, ao longo da discussão da RGA, que durou todo o mês de junho.

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