O vereador por Cuiabá, Fellipe Corrêa (Cidadania) já adiantou que vai se abster na votação do processo que pode culminar na cassação do colega, Tenente coronel Marcos Paccola. A sessão de deliberação está prevista para acontecer nesta quarta-feira (28), a partir das 14h. Fellipe sinalizou uma suspeição sobre o caso.
O comunicado foi feito já durante a sessão desta terça-feira (27), de forma antecipada. Durante a sessão extraordinária de amanhã, Fellipe não poderia apresentar nenhuma justificativa.
“Não havendo previsão regimental, conforme já consultei com o Apoio Legislativo desta Casa, restará me abster, como não posso me declarar suspeito como julgador”, disse o parlamentar.
Fellipe alegou que a suspeição sobre si próprio teve como base os regimentos de outras Casas Legislativas, como o Senado, e também o próprio Código Penal.
“Sou filiado ao Cidadania, sou da chapa que elegeu o vereador Paccola e sou suplente dele, interessado diretamente, portanto, potencial beneficiário de uma eventual cassação”, explicou.
O pedido de cassação foi apresentado pela Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá. Marcos Paccola é acusado de quebra de decoro por ter matado a tiros o agente do sistema socioeducativo, Alexandre Myiagawa, durante uma confusão no centro da Capital.
O parlamentar – que é policial militar da reserva – alegou que o agente estaria armado e ameaçando a vida da namorada, no momento do crime.
Preciptação
O vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos) também abordou o tema durante a sessão plenária de hoje. Embora não tenha dado sinais quanto ao seu voto, avaliou que este não seria o momento de julgar o pedido de cassação.
“Eu discordo dessa sessão extraordinária, esse é o meu parecer. Não é momento para se fazer isso dentro desta Casa, deveríamos estar preocupados com a falta, volto a dizer, de insumos básicos nas unidades (de saúde), falta de profissionais”, argumentou Dr. Luiz Fernando.