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Brasil e vizinhos se unem contra ferrugem asiática

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Brasil e vizinhos se unem contra ferrugem asiática

 

Aprosoja

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Brasil, Bolívia e Paraguai criam grupo de trabalho sobre o combate a ferrugem asiática

Brasil, Bolívia e Paraguai se uniram na criação do Grupo de Trabalho Antirresistência Latino-americano (GTA-Latam) para tentar combater a ferrugem asiática, considerada uma das piores doenças que afetam a produção da soja. A praga amarela e faz cair as folhas da planta, acarretando perdas na produtividade. 

Considerado referência nacional e para os países vizinhos, Mato Grosso servirá de exemplo para as discussões no grupo, especialmente nos temas que envolvem o controle fitossanitário cultural, ou seja, sem a utilização de químicos. Uma das medidas mais eficazes, segundo especialistas, é o vazio sanitário – período em que todas as plantas vivas nas lavouras devem ser exterminadas e o plantio fica proibido.

Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, esse método é interessante, mas não adianta o Brasil agir sozinho. “Precisamos tratar isso com nossos vizinhos, pois a doença é transmitida pelo vento e as correntes de ar que circulam em nosso continente podem trazê-la”, pontua. Para ele, o ideal é que o vazio sanitário fosse feito de forma conjunta. “Essa atitude só trará benefícios, diminuindo custos e os riscos da atividade”, completa.

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Ocorrências em Mato Grosso somaram 34, sendo sete em Campo Verde

No Brasil, o custo para o controle da doença ultrapassa a casa dos bilhões de dólares. O último levantamento publicado pelo Consórcio Antiferrugem – parceria público-privada para combate à doença – mostrou que o investimento dos produtores chegou a U$S 2,2 bilhões na safra 2013/14 , com pelo menos três aplicações de fungicidas em 30 milhões de hectares.

Na safra 2016/2017, foram registrados 417 focos no país. Só em Mato Grosso foram 34 ocorrências, sendo sete delas nas lavouras de Campo Verde (139 km de Cuiabá). Apesar das dezenas de casos, nenhuma perda significativa foi registrada segundo o presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, cuja entidade representa o país no grupo de trabalho.

“Não tivemos prejuízos no campo, pois o produtor está preparado e bem orientado. Ele já encara ferrugem com normalidade, mas nós precisamos manter o foco. Porque a gente sabe como é agressiva essa doença”, disse. Ele destaca ainda que a união de forças consiste também em diminuir os custos da produção da soja. “A prevenção onera a nossa produção e precisamos achar alternativas para baratear nossos custos, como talvez a utilização de cultivares resistentes”.

Além da Aprosoja, fazem parte do grupo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), a secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Indea, Aprosoja Paraná, Embrapa e autoridades da Bolívia e Paraguai. A primeira reunião do grupo foi realizada em Cuiabá na última quinta, 4. As próximas reuniões ainda não foram agendadas.

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