De acordo com dados reunidos pelo Tesouro Nacional, o Brasil tem o sétimo maior gasto com remuneração de servidores públicos no mundo. No estudo, pesquisadores analisaram 73 países.
Ainda segundo o estudo, o Brasil gastou cerca de 12,9% do PIB em 2019 apenas com salários de funcionários públicos em atividade.
O estudo considerou apenas despesas com pessoal ativo de União, Estados e municípios. Dessa forma, o estudo não considerou funcionários aposentados ou licenciados.
Campeão entre os países emergentes
Dos países em crescimento, os famosos “emergentes”, o Brasil é o país que mais gasta com pessoal contratado, na frente de países como Rússia (que despende 9,4% do PIB), Chile (7,1%), Peru (6,8%) e Colômbia (5,7%), e também supera a de países como Estados Unidos (8,7%), Alemanha (7,6%) e Espanha (10,4%).
O Brasil perde somente para Arábia Saudita (que utiliza 17,1% do PIB para despesas com servidores), África do Sul (15,2%), Dinamarca (15,1%), Noruega (14,9%), Islândia (14,4%) e Samoa (com gastos de 13,1% do PIB). O painel considera as despesas de salários e a contribuição patronal para a previdência dos servidores.
Supersalários e penduricalhos
Os gastos com supersaláros e penduricalhos também impulsionam a gastança do Brasil com pagamento de funcionários.
No judiciário, diferentes carreiras em diferentes órgãos pagam salários mais altos do que o permitido, incluindo bonificações financeiras no pagamento mensal.
Prejuízo na economia
Devido aos gastos do erário com o pagamento de salários e benefícios ao funcionalismo público, o Brasil também tem uma alta carga tributária, que acaba por inviabilizar o nascimento de muitas empresas no setor privado e congelar a economia.
O rombo financeiro gerado pelos gastos com pessoal também impede o relocação de recursos em outras áreas da sociedade.