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Botelho diz que Pedro Taques pedalou, mas promete apoio à reeleição

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Botelho diz que Pedro Taques pedalou, mas promete apoio à reeleição

Ednilson Aguiar/Olivre

 Eduardo Botelho

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB), afirmou que o governador Pedro Taques (PSDB) cometeu pedaladas fiscais quando não repassou recursos devidos dos duodécimos aos outros Poderes. Botelho afirmou ainda que a prática é crime de responsabilidade. Porém, ele ponderou que o Estado passa por uma crise financeira, que levou aos atrasos nos repasses. E prometeu apoiar a campanha de reeleição do tucano.

“Só os atrasos que houve do duodécimo é uma pedalada”, afirmou. “Eu acho que quando você não cumpre o que está na lei, sim, [é crime]. Mas todos os governos praticaram isso. Não podemos ser incoerentes. O Estado estava num momento difícil”, argumentou, em entrevista ao programa Estúdio Livre, da TV e rádio Band FM. Segundo o parlamentar, hoje o Estado deve cerca de R$ 500 milhões aos Poderes, desde 2016.

O parlamentar negou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pedaladas aberta na Assembleia Legislativa esteja sendo usada para pressionar o governo pelo pagamento de emendas parlamentares, como afirmou o deputado Oscar Bezerra (PSB), autor da proposta que acabou sendo ampliada e se agora deve investigar o desvio de finalidade de recursos de fundos.

“Não participei dessa conversa de fazer CPI para pressionar governo. A CPI surgiu com a proposta de investigar desvio e sonegação do Fethab (Fundo de Transporte e Habitação). Em janeiro, o Neurilan [Fraga, presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios] saiu com esse negócio do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) e os deputados ligados à AMM apoiaram a CPI, que acabou tendo várias assinaturas”, disse.

Apesar de negar a pressão, ele voltou a reclamar da falta de pagamento das emendas parlamentares impositivas. “Os deputados tinham R$ 126 milhões de emendas no orçamento do ano passado e o governo pagou R$ 6 milhões. Então não dá para esperar ter dinheiro. Quando tem dinheiro sobrando no Estado? Eu nunca ouvi falar que tem dinheiro sobrando”, disse.

Eleições de 2018

Botelho ainda prometeu apoio à campanha de reeleição de Taques, nas eleições de outubro deste ano. Ele disse que se comprometeu com o governador quando o tucano o apoiou na disputa pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. “Naquela época, ele já estava pensando lá na frente e disse que precisava de alguém que tivesse compromisso com a reeleição dele”, contou.

“O governador deu certeza que é candidato a reeleição. Para ser candidato a outro cargo ele teria que sair até 7 de abril, e não tem como, pois está muito em cima e ele não vai deixar tudo pela metade”, observou.

Decidido a se filiar ao DEM quando abrir a janela de infidelidade partidária, no próximo mês, Botelho prometeu trabalhar para que o partido apoie o projeto de Taques, mas evitou garantir o apoio da sigla. “Não posso garantir que vou conseguir levar todos esses líderes maiores que eu, como Mauro Mendes e Jayme Campos”, disse.

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