O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) disse que deve se filiar ao PSD para disputar a eleição à Prefeitura de Cuiabá em 2024. Mas, aguarda uma conversa final com a direção do atual partido, antes de confirmar a migração.
“O PSD é o partido que mostrou vontade de me receber, me colocaram em contato várias vezes com o [Gilberto] Kassab [presidente nacional da sigla]. Então, já defini que, se for sair do União, eu vou para o PSD. Eu estou conversando com o União e espero uma conversa final para decidir”, afirmou Botelho em entrevista à rádio Cultura, ontem (11).
O PSD (Partido Social Democrático) em Mato Grosso é comandado pelo ministro e senador licenciado Carlos Fávaro, que já foi aliado do governador Mauro Mendes e hoje está se distanciando.
Botelho diz que a sua eventual ida para o partido não deve afetar sua relação com o governo; ele diz que pretende continuar na base de Mauro Mendes e ser aliado dele, se vencer a eleição de 2024 em Cuiabá.
Outra opção de transferência para o Botelho era o Republicanos, do vice-governador Otaviano Pivetta. Mas, a sua candidatura no ano que vem ficaria prejudicada, na avaliação do deputado, por causa da intenção de Pivetta para 2026.
“O Pivetta não vai me apoiar se mudar para o Republicanos, ele não vai se afastar do governador, pois está dependendo dele [Mauro Mendes] sair de lá em 2026 para assumir o cargo. O Pivetta já tirou o irmão de uma disputa [eleitoral] para não atrapalhar os planos do grupo dele”, afirmou.
Pivetta estaria entre os nomes cotados para suceder a Mauro Mendes a partir de 2027. Também é especulado que ele poderia assumir o cargo já em 2026 com a concorrência de Mendes ao Senado.
Eduardo Botelho depende uma autorização do União Brasil para sair do partido, visto que a janela de transferência partidária só ocorrerá em 2026. O deputado diz esperar que ele e o partido tenham a situação resolvida até o fim do ano.