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Bancada discute como destinar R$ 80 milhões do PS para saúde de MT

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Bancada discute como destinar R$ 80 milhões do PS para saúde de MT

Mayke Toscano/Gcom

reunião em brasília taques

Pedro Taques se reuniu com deputados federais e senadores em Brasília

 

A decisão sobre usar os recursos de R$ 80 milhões em emendas parlamentares federais no custeio da saúde em Mato Grosso deve ficar para a próxima terça-feira, 19. Na ocasião, a bancada de deputados e senadores deverá analisar os números e como o governo estadual pretende aplicar esses recursos, que seriam usados para pagar dívidas do setor.

A dívida chegou a R$ 162 milhões no mês passado, e vem sendo quitada gradativamente, e o governo chegou a retirar R$ 70 milhões da folha de pagamento para isso. A discussão teve início oficialmente na noite de terça, 13, quando o governador Pedro Taques (PSDB) se reuniu com a bancada federal em Brasília.

Alguns parlamentares demonstram resistência à ideia, pois esse recurso já havia sido prometido à Prefeitura de Cuiabá para equipar o novo Pronto Socorro da capital, ainda não concluído. No entanto, o próprio prefeito, Emanuel Pinheiro (PMDB), demonstrou boa vontade com a proposta – desde que a capital receba boa parte do montante, na distribuição do bolo. “Desde que não prejudique Cuiabá, desde que não prejudique a saúde pública cuiabana, desde que não prejudique o equipamento do novo Pronto Socorro, não tem nenhum problema”, disse ele antes da reunião.

“O prefeito conversou com a bancada anuindo o acordo, desde que a dívida do estado com a prefeitura de Cuiabá seja quitada nesse pacote, algo entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões”, relatou o senador José Medeiros (PSD). “No início, estavam todos resistentes, pelo temor de que o Pronto Socorro fique sem equipamentos. Mas como o hospital não está pronto e o dinheiro ia ficar parado um ano, estamos avaliando. Os parlamentares só querem a garantia que os equipamentos serão comprados”, disse.

Uma das propostas em debate é de que o governo estadual use o recurso agora e depois o reponha, quando chegar o momento de equipar o Pronto Socorro. Outra proposta é de que a bancada realoque novamente recursos para o hospital da capital no Orçamento Geral da União (OGU) de 2018. Essa é a ideia defendida pelo deputado Nilson Leitão (PSDB). “Falta pelo menos um ano para terminar a obra e o governo está com dificuldades de pagar as dívidas agora. Parte da bancada aceita a ideia, mas sempre há resistência”, disse o tucano.

Um dos que resistem é o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB). Ele informou que a maioria já se comprometeu a destinar a emenda de bancada de 2018 para Rondonópolis. “Isso é um absurdo. Vai tirar o dinheiro do Pronto Socorro e não vai resolver o problema da saúde em Mato Grosso”, disse. Bezerra afirmou, ainda, que recurso de emenda parlamentar não pode ser usado para pagar dívidas. “Só pode pagar despesas feitas daqui para a frente.”

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