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Atual secretário de Segurança seria suspeito em caso dos grampos

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Atual secretário de Segurança seria suspeito em caso dos grampos

Ednilson Aguiar/O Livre

Gustavo Garcia

Secretário de Estado de Segurança Gustavo Garcia: ele é acusado de colher um depoimento supostamente ilegal de delegada

O secretário de Estado de Segurança Pública, delegado Gustavo Garcia, seria suspeito de atuar em um suposto caso de obstrução das investigações do esquema de grampos ligados à cúpula do governo estadual. Garcia teria atuado para que a delegada Alana Cardoso prestasse depoimento a ele e ao então secretário, Rogers Jarbas, de maneira ilegal.

A informação consta em um relatório da delegada Ana Cristina Feldner, divulgado pelo site MidiaNews nesta segunda-feira (30). Feldner coordenava as investigações enquanto o caso estava sob a relatoria do desembargador Orlando Perri, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Desde 11 de outubro, o processo dos grampos está sob a tutela do ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na instância superior, o ministro apura a possível participação de pessoas com foro privilegiado.

A delegada afirma no relatório que o atual secretário seria suspeito de fazer parte do grupo criminoso responsável pelos grampos. Quando a representação foi enviada, Garcia era secretário-adjunto de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), então chefiada pelo delegado Rogers Jarbas.

Rogers foi preso durante a Operação Esdras, que investiga tentativas de obstrução de Justiça no caso dos grampos.

As escutas telefônicas ilegais eram realizadas por meio da inserção de números em diversas investigações policiais, com as quais as vítimas não tinham qualquer relação, em uma tática conhecida como “barriga de aluguel”.

Gustavo Garcia teria ligado repetidamente em três ou quatro dias consecutivos antes da data em que a delegada Alana Cardoso prestou seu depoimento sobre possíveis grampos realizados na Operação Forti. Nesta operação, um telefone da publicitária e ex-amante do ex-secretário da Casa Civil Paulo Taques foi interceptado.

Em seu depoimento, Alana afirma que o atual secretário possui amplo conhecimento na área de inteligência, tendo cursado a Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro. Uma tática de recrutamento teria sido utilizada por Garcia ao realizar os telefonemas de forma pré-ordenada e em dias consecutivos. A delegada classificou a participação dele como “fundamental e imprescindível” para que ela fosse “desarmada e vulnerável” até a secretaria prestar depoimento.

O relatório da delegada Ana Cristina Feldner aponta ainda uma proximidade entre Garcia e Rogers para justificar a suspeita sobre a participação do secretário no grupo.

Outro lado
O secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia, afirmou não vai se posicionar sobre o assunto, pois as investigações correm sob sigilo decretado pelo STJ.

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