Cidades

Atestado de óbito confirma problema cardíaco como causa da morte de professora 

Médica Tânia de Meneses e Macedo atesta que Euzenil Almeida de Oliveira sofreu choque cardiogênico, o que teria ocasionado o falecimento 

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Atestado de óbito confirma problema cardíaco como causa da morte de professora 

Atestado de óbito assinado pela médica Tânia de Meneses e Macedo deixa claro que a causa da morte da professora Euzenil Almeida de Oliveira, 49 anos, na última segunda-feira (7), foi em decorrência de uma parada cardíaca. No documento, a médica denomina o caso como choque cardiogênico, além de arritmia cardíaca.

O médico Marcelo Sandrin esclarece que o choque cardiogênico ocorre por falência aguda da bomba do coração, além de outros fatores. “É um caso que pode ser revertido, mas o índice de morte em emergência como esta é alto. Depende muito de cada caso, que pode deixar apenas sequelas ou levar à morte. Esse tipo de choque é sempre grave”, define o médico. 

Jorge Luiz Valbrim é sobrinho da professora Euzenil e contesta fatos noticiados em torno da morte da tia. Segundo ele, no momento em que ela começou a passar mal não estava mais participando de uma live para esclarecer sobre o processo de atribuição de aulas para o ano letivo de 2022 na rede Estadual de Ensino.

“Na sexta-feira ela sentiu dificuldade para respirar e a levamos para fazer exames na UPA do Bairro Verdão, em Cuiabá. Minha tia deu entrada logo após às 13 horas e permaneceu em observação até por volta das 17 horas, quando a pressão arterial foi normalizada e recebeu alta. Já em casa, por volta das 20 horas, a pressão voltou a subir e ela sofreu um desmaio. Voltamos à UPA e passou por eletrocardiograma, que não constatou nenhum problema”, conta Jorge. 

Ele conta que só na madrugada de sábado, já quase amanhecendo, que a pressão arterial voltou a se normalizar.

“No sábado ela estava bem e até fomos a uma festa de aniversário. Foi minha tia quem fez, inclusive, o bolo da festa. Ela parecia bem. Só na manhã de segunda-feira que o quadro voltou a se agravar, com ela reclamando de dor no peito. Um novo eletro foi feito e logo a dor aumentou e veio a óbito por volta das 13 horas”.

O sobrinho reforça que ela não ficou três dias internada como noticiado. Tampouco, passou mal durante uma suposta live. “Até então, ninguém da imprensa havia nos procurado para saber a verdade”, lamentou Jorge Luiz. 

Amigos lamentam

 O professor de Matemática, Adnilso Augusto, da Escola Estadual Filogonio Correa, no Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá, também lamentou a morte da colega de profissão. Para o educador, que trabalhou com Euzenil nos anos letivos de 2016 e 2017 e se tornou um dos seus melhores amigos, é lamentável a exploração por parte da imprensa em torno do ocorrido.

Layane Schultz, é diretora da Escola Estadual Filogonio Correa e, além de também ter trabalhado com Euzenil Almeida, a teve como coorientadora da sua tese de mestrado. A diretora diz que é irracional tentar encontrar uma relação entre o processo de atribuição de aulas, que é puramente técnico e segue a ritos específicos, com a causa da morte da amiga. “Foi uma fatalidade, certamente”. 

Sacerdócio a Educação 

“Euzenil era uma pessoa cheia de sonhos e que ajudava muita gente”, revela Adnilso Augusto. O professor lembra que a colega era muito dedicada à profissão. Ela foi professora interina na rede Estadual de Ensino entre maio de 2009 e dezembro de 2021, em momentos alternados quando exerceu o magistério também em outras instituições de ensino como as escolas Liceu Cuiabano, Marcelina de Campos, Padre Ernestro, Clênia Rosalina de Souza e Francisco Ferreira Mendes.

“Foi professora substituta na Universidade Federal de Mato Grosso e também no Instituto Federal de Mato Grosso. Além disso, foi bolsista PNPD do programa de pós-graduação em Física da UFMT”, contou. 

“Infelizmente não teremos nesse ano letivo a professora Euzenil”, completou a professora Sirlene Santino, que também era amiga e confidente. “A maior tristeza é ver notícias inverídicas sobre uma pessoa que não está mais aqui para esclarecer”.

Euzenil Almeida de Oliveira era solteira, não tinha filhos e dedicou a sua vida à Educação. Cursou Licenciatura Plena em Física pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) de 1995 a 1999 e concluiu o Mestrado e Doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

(Informações da Assessoria)

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