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Após inspeção, MPE sugere ampliação dos locais de banho, dos pontos de alimentação e do estacionamento

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Após inspeção, MPE sugere ampliação dos locais de banho, dos pontos de alimentação e do estacionamento

Rafaella Zanol

salgadeira

Após inspeção realizada nas obras do Complexo da Salgadeira, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso solicitou ao Governo do Estado que analise a possibilidade de instalar quiosques no local, caso não seja viável a construção de mais um restaurante. Sugeriu, ainda, o aumento de vagas no estacionamento para evitar a invasão de carros no entorno do Parque Nacional e a extorsão dos conhecidos “donos de estacionamentos”.

Outro problema apontado pelo Ministério Público diz respeito aos locais de banhos, que ainda estão pendentes de confirmação por estudo. O promotor de Justiça Joelson de Campos Maciel alertou que a demanda existente na Salgadeira é grande e que a quantidade prevista no projeto é tímida se comparado ao número de pessoas que costumam visitar o local.

As observações resultantes da inspeção realizada pelo MPE no dia 01/12 constam no ofício 69/2017 encaminhado ao secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos, em 05 de dezembro. No documento, o promotor de Justiça afirmou que, por ora, está satisfeito com o andamento das obras.

Alertou, no entanto, que o projeto em si está subdimensionado em relação ao fluxo diário de pessoas esperadas. Destacou que os principais rios da baixada cuiabana, e seus tributários, estão praticamente imprestáveis para banho devido ao alto volume de poluição advindo principalmente da rede de esgoto.

Lembrou que a principal opção de lazer existente na região, que seria o Lago do Manso, além de distante da cidade de Cuiabá e sem acesso de transporte público, já foi loteado por grandes empreendimentos de condomínios horizontais e demais propriedades de pessoas de alto poder aquisitivo, o que impossibilita o acesso da população mais carente ao local.

“Reiteramos que, o Ministério Público se posiciona ao lado do meio ambiente e do seu uso sustentável, e, uma vez dada a oportunidade de acesso às pessoas ao local de beleza ímpar e rara, não oportunizando as duas principais atividades recreativas que buscam (banho e comida), as obras do Complexo da Salgadeira poderão se tornar obsoletas dentro de um curto espaço de tempo e o caos poderá voltar a reinar naquele local, o que não queremos que aconteça novamente”, alertou o promotor de Justiça.

A inspeção realizada pelo Ministério Público no Complexo Salgadeira teve como objetivo averiguar o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a 15ª Promotoria de Justiça Cível de Defesa do Meio Ambiente e o Estado de Mato Grosso, com vistas à revitalização daquele ponto turístico, homologado nos autos da Ação Civil Pública nº 847-21.2010.811.0082 (Código: 11022), em trâmite na Vara Especializada do Meio Ambiente.

(Com Assessoria)

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