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Após furtos, estudantes fazem protesto e cobram segurança na UFMT

Hospital Veterinário da instituição foi invadido duas vezes em menos de uma semana. Reitora acabou vaiada pelos alunos

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Após furtos, estudantes fazem protesto e cobram segurança na UFMT
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Estudantes, professores e profissionais técnicos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) protestaram, nesta terça-feira (18), em Cuiabá, contra falta de segurança no campus. Ao ser duramente questionada pelos alunos, a reitora Myrian Serra deixou a sede da reitoria e acabou vaiada.

A manifestação aconteceu após duas invasões e furtos ao Hospital Veterinário. No sábado (15), a unidade foi invadida e vários objetos foram quebrados e revirados. Já na segunda-feira (17), uma nova invasão foi registrada, quando janelas de vidro e um ar-condicionado foram danificados.

Na manifestação, com cartazes e palavras de ordem, os alunos cobraram mais segurança na unidade e em todo o campus.

Por conta das invasões, o Hospital Veterinário ficará fechado (Foto: Reprodução)

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Gislaine Gazeta, residente que cuida de animais de grande porte no hospital citou o medo e a falta de segurança.

“Quem trabalha aqui a noite, vive com medo do que pode acontecer”, disse. Neste período, apenas ela e outro colega dividem o local de trabalho.

(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Os alunos citaram ainda outras ocorrências dentro da instituição. O furto de cinco ventiladores, sacos de ração e a tentativa de levar uma égua, estão entre os casos. As situações teriam ocorrido há duas semanas.

Ao citar os problemas da UFMT, os alunos apontam um ofício assinado pela reitoria que anunciou, em setembro do ano passado, uma série de cortes em serviços na expectativa de gerar economia.

O documento circulou à época em que o governo federal bloqueou orçamento das instituições federais.

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(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Segundo o diretor o Hovet, Richard Pacheco, o hospital não tem mais condições de cortas gastos para manter o funcionamento.

“Não dá para cortar mais nada. Com o ofício, já havíamos diminuído o quadro de terceirizados que fazem a limpeza, técnicos e até água mineral”, afirmou.

A unidade faz cerca de 100 atendimentos diários.

Vaiada

Na sede da reitoria, os estudantes foram recebidos pela reitora Myrian Serra. Ela chegou a conversar com os manifestantes e apontou possíveis soluções.

“Estamos com um corte orçamentário grave. Nós queremos, merecemos e precisamos de mais segurança, mas teremos que fazer escolhas. Para reforçar a segurança do Hovet, só tirando das outras unidades”.

Os problemas com a empresa terceirizada foram citados pela reitora. “Inclusive, não pagamos mais a empresa. Agora, o pagamento é feito diretamente aos terceirizados”, informou.

(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Uma das soluções apontadas por Myrian seria o rompimento do contrato com a atual prestadora de serviço e a abertura de uma nova licitação em 90 dias. Em seguida, ela passou a ser duramente criticada pelos estudantes.

“A senhora entrou com gestora e vai ser lembrada por desmantelar a universidade”, vociferou um dos alunos.

Em seguida, a reitora abandonou o local e caminhou em direção a outro prédio da instituição.

Após as invasões, o Hospital Veterinário da UFMT reabre na próxima quarta-feira (19), apenas para atendimentos de baixa complexidade, como vacinação. Os serviços de internação e cirurgia estão suspensos por tempo indeterminado.

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