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Além dos likes: pesquisa revela renda dos influenciadores digitais no Brasil

Levantamento se aprofundou na realidade financeira e apontou para as tendências de profissionalização que moldam a carreira nas redes sociais

3 minutos de leitura
Além dos likes: pesquisa revela renda dos influenciadores digitais no Brasil
(Foto: George Milton / Pexels)

Há cerca de 5 anos, uma pesquisa realizada pela empresa Harris Poll, a pedido da Lego, com o público infantil identificou que havia mais crianças interessadas em se tornar youtubers, quando crescessem, do que astronautas. Um choque para muitos adultos. Mas o que uma nova pesquisa, realizada neste ano, revela é que aquelas crianças, aparentemente, estavam à frente do seu tempo. Sim, ser influenciador digital já pode ser considerado uma profissão. E digo mais, com renda mensal bem acima da média recebida pelos brasileiros.

De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre de 2023 (de janeiro a março), a renda média do brasileiro era de R$ 2.880. Um pouco mais que dois salários mínimos (R$ 1.320).

Já o levantamento feito pela Brunch e pela Youpix apontou que mais da metade dos influenciadores digitais no Brasil recebem até R$ 5 mil por mês. Quase 4 vezes o valor do salário mínimo no país.

Não surpreendentemente, portanto, a pesquisa revelou que 81,4% desses criadores de conteúdo já vivem, exclusivamente, com o dinheiro que ganham desse trabalho nas redes sociais.

Nem tão glamuroso, nem tão (in)estável assim

Se quando você pensa em criadores de conteúdo digital só te vêm à mente a imagem de youtuber milionários ou adolescentes fazendo vídeos de dancinhas, você precisa saber que:

  • menos de 7% dos influenciadores digitais no Brasil ganham mais de R$ 20 mil por mês
  • 8,6% deles têm menos de mil seguidores, são os chamados microinfluenciadores
  • 39% não aceitam mais trabalhos sem, antes, assinar um contrato
  • 47% já não trabalham mais só em troca de permutas

É verdade, ainda é uma carreira de incertezas: 70% deles disseram que, depois da etapa de negociação, já acabaram aceitando trabalhos por valores muito abaixo do que tinham pedido inicialmente. Mas pelo menos 26% desses influenciadores digitais têm uma ou mais parcerias mensais.

A pesquisa mostrou, aliás, de onde vem o dinheiro que paga essas pessoas. Quando perguntados sobre qual tipo de trabalho gera mais renda, as respostas foram as seguintes:

  • 50,9% – trabalhos para marcas
  • 10,7% – consultorias e mentorias
  • 7,6% – cursos e infoprodutos
  • 7,3% – adsense
Texto descrevendo o que significa o termo adsense
(Foto: reprodução da internet)

Perfil do trabalho de influenciador digital no Brasil

A pesquisa também trouxe dados de como e onde os influenciadores digitais brasileiros estão atuando mais. E eles apontam para uma tendência de profissionalização, mesmo!

Isso porque, embora o Instagram ainda seja – disparado – a plataforma mais utilizada, o LinkedIn – que é uma rede mais volta a negócios e contatos profissionais – vem crescendo.

Tabela mostrando as pricicpais redes sociais mais usadas por influenciadores no Brasil

Além disso, de acordo com executivos da Youpix, os influenciadores vêm demonstrando um certo amadurecimento dessa carreira, criando um movimento que expõe menos suas rotinas e privacidade e dá mais ênfase a um conteúdo mais estratégico.

Isso fica mais claro de entender quando olhamos para os 3 diferentes perfis de atuação desse profissionais, segundo a pesquisa.

Texto mostrando os tipos de atuação dos influenciadores digitais no Brasil

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