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Alegria e tristeza: bancada federal de Mato Grosso se divide sobre condenação de Lula

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Alegria e tristeza: bancada federal de Mato Grosso se divide sobre condenação de Lula

Agência Brasil

Lula e Sérgio Moro

 O ex-presidente e o juiz: apartamento triplex gerou sentença de nove anos de prisão

Alegria e tristeza se mesclaram na tarde desta quarta-feira, em Brasília, depois do anúncio da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz federal Sérgio Moro. Nos corredores do Congresso, o assunto dominou as rodas de conversa. Na bancada mato-grossense, não foi diferente.

Para o deputado Ságuas Moares (PT-MT), a condenação do correligionário é uma injustiça, faz parte de um golpe. Saguás está convicto de que os advogados do partido vão conseguir sua absolvição em segunda instância.

“A primeira fase do golpe foi a destituição da presidente Dilma, e a segunda fase do golpe está acontecendo agora com a condenação”, afirmou. Para ele, o ex-presidente será absolvido, pois não há provas que o condenem. “Não tem uma prova sequer, o triplex está penhorado na Caixa Econômica em nome da OAS”.

“A primeira fase do golpe foi a destituição da presidente Dilma, e a segunda fase do golpe
está acontecendo agora
com a condenação”

Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O petista é acusado de ocultar uma cobertura triplex no litoral paulista, que teria recebido como pagamento de propina da empreiteira OAS em troca de favores na Petrobras.

Em dúvida? A favor do réu

Um dos políticos mais experientes da bancada de Mato Grosso, o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) alega que a decisão parece ter sido “um pouco exagerada” e citou um dos princípios do Direito, in dubio pro reo: na dúvida, a decisão deve ser favorável ao réu.

“À primeira vista, me parece um pouco exagerado porque o apartamento não está no nome dele e essa é a pauta principal da acusação, mas não tenho uma opinião formada porque não conheço o processo. O fato é que o direito penal é muito severo e a prova tem que ser objetiva, caso contrário, a decisão deve ser em favor do réu”.

Ednilson Aguiar/O Livre

Deputado Federal Victório Galli

Religioso, Victório Galli compara o PT a uma seita que tem Lula como chefe 

 

Quem comemorou e não escondeu a satisfação com a sentença foi o deputado Victorio Galli (PSC-MT). Ao LIVRE, o social cristão disse a justiça foi feita. “Quero parabenizar o juiz Sérgio Moro, que aplicou uma condenação correta para o chefe dessa seita que acabou com o país”.

Para o senador Cidinho Santos (PR-MT), foi uma decisão jurídica que demonstra que ninguém está acima da lei. “Eu não tenho conhecimento do texto, mas acredito que foi uma decisão dentro da lei e baseada em provas”.

O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) afirmou que a decisão não foi uma surpresa e mostra que as instituições estão funcionando. Para ele nenhum brasileiro pode ter tratamento diferenciado. “É um processo julgado, o problema é que toda ação que se abre contra o PT há uma reação política. Às vezes eles querem ganhar no grito, mas, Lula tem que ser julgado como qualquer brasileiro que comente um ato ilícito”, pontuou.

Engrossando o coro a favor da decisão de Moro também esteve o senador José Medeiros (PSD-MT), que falou sobre a condenação no plenário. “É triste ver um fato como esse, um presidente ser condenado. Gostaria que ele não estivesse preso para disputar nas próximas eleições e passar pelo crivo do povo”, declarou.

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