Mato Grosso

Advogado que agrediu juiz com socos tem a prisão preventiva decretada

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Advogado que agrediu juiz com socos tem a prisão preventiva decretada
Foto: Tribunal de Justiça de Mato Grosso

O advogado Homero Amilcar Nedel, acusado de agredir com socos o juiz de Paranatinga (370 km de Cuiabá) Jorge Hassib Ibrahin, teve a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia realizada na tarde dessa quinta-feira (27).

O advogado foi preso em flagrante na tarde de quarta-feira (26), após dar socos no rosto do magistrado e também tentar enforcá-lo. O Ministério Público, durante a audiência de custódia, manifestou pela liberdade do acusado mediante pagamento de fiança, além de medidas cautelares.

A juíza Lidiane de Almeida Anastácio Pampado, da Comarca de Primavera do Leste, contudo, decidiu pela prisão preventiva de Homero. A magistrada levou em consideração o risco que Homero representa às vítimas, já que, além de agredir o juiz, ele teria tentado matar, com um facão, o dono de uma oficina mecânica.

As duas ocorrências, no Fórum e na oficina, ocorreram por conta de desentendimentos de um processo judicial em que a filha do suspeito, também advogada, é parte integrante.

Após agredir o juiz, o acusado precisou ser algemado, em seguida encaminhado para a Delegacia de Paranatinga. O magistrado foi levado a uma unidade de saúde para receber atendimento médico e depois passou por exame de corpo de delito.

A agressão física cometida contra o juiz de Paranatinga tem mobilizado diversas autoridades. O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Rui Ramos, foi ao município para acompanhar o caso de perto.

A Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB) se manifestou por meio de nota de repúdio, na qual afirma que adotará, com firmeza, medidas administrativas perante seu Tribunal de Ética e Disciplina (TED).

O delegado Pablo Borges Rigo, da delegacia de Paranatinga, reiterou o compromisso da Polícia Judiciária Civil em prosseguir nas investigações seguindo critérios técnicos e imparciais, de modo a apurar o ocorrido na defesa democrática e proteção não apenas das pessoas físicas envolvidas na ocorrência, mas especialmente das Instituições integrantes nos fatos.

A Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam) também emitiu nota de repúdio contra o advogado, da qual alega que não admitirá ações violentas contra magistrados e que vai acompanhar e exigir de forma intransigente que tanto a polícia, a justiça e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB/MT) tomem atitudes severas em relação à agressão contra o juiz.

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