Depois de mais de 10 anos de sofrimento, uma adolescente de 17 anos tomou coragem e, na companhia da mãe, denunciou o padrasto, de 43 anos, por abusar sexualmente dela desde os oito anos de idade.
Os abusos aconteciam na casa da família, no Bairro Parque do Lago, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá) e a mãe só soube agora, quando a menina resolveu desabafar.
Conforme o boletim de ocorrência, desde os oito anos da vítima, por diversas vezes, o padrasto tirou a roupa dela, a beijou e passou a mão em suas partes íntimas.
Para justificar seus atos, ele dizia que estava “ensinando a menor sobre sexo”. Quando estava sozinho com a menina, ele trancava a porta do quarto para cometer os abusos.
O homem ainda sondava a criança tomando banho. E, quando achava que ela iria contar a alguém, oferecia dinheiro, ou dizia que compraria o que a criança quisesse.
Quando os irmãos da vítima estavam em casa, ele fazia os meninos descerem para brincar no playground.
E para ver a menina nua, dizia que para ela entrar na piscina do condomínio havia uma regra que não podia entrar na água se tivesse pelos nas partes íntimas e fazia ela se despir para mostrar a ele como estava.
À polícia, a adolescente disse que já tentou tirar a própria vida por não poder contar para ninguém sobre os abusos.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável, com “motivação pedofilia”, e encaminhado para a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso de Várzea Grande, que investigará as denúncias.