A Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá deflagrou hoje (24) a Operação Mala Falsa, para cumprir 10 ordens judiciais de buscas, prisões, bloqueio de bens e quebra de sigilos bancários e fiscal contra uma quadrilha acusada de falsificar dinheiro.
Os mandados são cumpridos em cidades de Goiás e no Distrito Federal contra alvos investigados por cometer golpes em Mato Grosso.
A investigação que embasou a Operação Mala Falsa teve início em fevereiro deste ano, quando a Polícia Civil apreendeu em Cuiabá uma mala com notas falsas de R$ 200 com um grupo.
Três investigados que já estão detidos tiveram as prisões preventivas decretadas. Além disso, foi decretado o bloqueio de bens e sequestro de valores no montante de R$ 400 mil das contas dos investigados.
Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em Mineiros, Valparaíso e Alexânia (GO) e em Brasília, com apoio das Polícias Civis das respectivas unidades federativas.
De acordo com o delegado Jean Paulo Nascimento, em fevereiro deste ano, o grupo investigado foi detido com uma mala, em um hotel de Cuiabá, com diversos pacotes de notas falsas de R$ 200.
Em março deste ano, o mesmo grupo foi preso novamente, quando, segundo a Polícia Civil, tentava aplicar um novo golpe contra vítimas na Capital. Na suíte presidencial onde um deles estava hospedado, foram encontrados apetrechos para falsificação de dinheiro e, na ocasião, 4 foram detidos.
Três investigados continuam presos em unidade penitenciária na Capital e tiveram as prisões preventivas decretadas no inquérito que resultou na deflagração da Operação Mala Falsa.
Ficha criminal
Segundo a Polícia Civil, Aurino Benjamin de Barros seria um dos cabeças da associação criminosa. Há inúmeros boletins policiais registrados contra ele, que responde a 20 inquéritos policiais. A PJC afirma que Aurino ostenta alto padrão de vida e continua na reiteração delitiva em vários estados.
Outro investigado, Francisco Marcelo Renizar, também tem diversos antecedentes criminais e, ainda conforme a PJC, prática antiga na atividade criminosa, desde 2015, quando foi preso em flagrante. Tinha medidas restritivas de direito, todavia, violou as determinações judiciais.
Manoel Ferreira tem registros criminais em Rio Verde e Mineiros, ambas em Goiás, e responde a inquérito por associação criminosa, oferecimento de propina e estelionato.
A Polícia Civil divulgou que o principal golpe aplicado pelos investigados consiste no oferecimento de empréstimos utilizando o BNDES, além de outros investimentos com juros abaixo da média. A solicitação do grupo às vítimas é que o valor, pago a título de comissão para que fossem intermediados os empréstimos junto ao banco, deveria ser feito em dinheiro em espécie.
(Com Assessoria)