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Ação emergencial apura situação de famílias venezuelanas em Cuiabá

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Ação emergencial apura situação de famílias venezuelanas em Cuiabá
Ação emergencial ocorreu no meso dia em que o LIVRE expôs a situação da família Alvarez (Foto: MPMT)

“As crianças estão sendo usadas para sensibilizar a população cuiabana, que é bastante receptiva”. Com essa afirmação o coordenador-geral dos Conselheiros Tutelares de Cuiabá, Davino Arruda, definiu a situação de famílias venezuelanas que passam os dias nas ruas da Capital.

A constatação partiu de uma operação emergencial convocada pelo Ministério Público de Mato Grosso e realizada nesta quarta-feira (4).

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O propósito seria fazer um levantamento de quantas crianças imigrantes estão fora da escola e quais dessas famílias precisam de auxílio para emissão de documentos ou encontrar trabalho e moradia.

De acordo com o MP, entretanto, o que se observou foi que parte desses imigrantes estariam explorando as crianças. Em um dos casos identificados, uma mulher estaria pagando as despesas de um hotel – localizado nas proximidades da Rodoviária de Cuiabá – com o dinheiro arrecadado com a exposição do filho.

Solução?

Conforme o Ministério Público, as famílias encontradas passaram por entrevista em que foram questionados se recebem benefícios do governo federal, se passaram pela Casa do Imigrante e há quanto tempo estão em Cuiabá.

Com três filhos, família Alvarez não encontrou vaga em escola municipal e foi orientada a só retornar em janeiro (Foto: MPMT)

Sobre a situação das crianças, foram advertidos a não deixarem menores “expostos ao sol e ao clima seco, à poluição e aos riscos das ruas, sem alimentação e hidratação adequadas”.

“Tivemos o zelo de traduzir nossas leis para o idioma deles, para que possam receber as informações e não alegar desconhecimento da proteção que as crianças recebem aqui”, destacou o conselheiro.

Para evitar isso, as famílias foram orientadas a procurar uma unidade do Conselho Tutelar. Só lá elas receberiam encaminhamento para berçários, creches ou escolas da rede pública.

Coordenador-geral dos Conselheiros Tutelares, Davino Arruda ainda “alertou” a população para ver a situação “com outros olhos”.

“As pessoas que dão dinheiro, na realidade, estão colaborando para violar os direitos dessas crianças. Por isso a gente pede para que a sociedade, dê dignidade, não esmola”, ele defendeu.

(Com assessoria)

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