Um cruzamento de dados feito pela Controladoria Geral da União (CGU) identificou o pagamento irregular do auxílio emergencial a servidores públicos em todo o Brasil. Em Mato Grosso, segundo o levantamento, 730 funcionários públicos estaduais receberam parcelas do que ficou conhecido como “coronavoucher”.
Em todo o país, no mês de maio, 317.163 mil pagamentos a servidores públicos foram efetuados. O montante somado chega R$ 222 milhões.
Em Mato Grosso, os pagamentos indevidos somam a cifra de R$ 453 mil.
Segundo a GGU, é possível que os servidores não tenham feito solicitação para o seu recebimento, mas que tenham sido incluídos automaticamente na lista de beneficiários. A explicação é que os agentes públicos estão legalmente cadastrados em programas sociais, como o Cad Único e o Bolsa Família.
Há ainda a possibilidade de que o CPF tenha sido inserido como solicitante do auxílio de forma indevida por outra pessoa e não, necessariamente, pelo próprio servidor.
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Os funcionários públicos que fizeram o pedido, mesmo sabendo que não tinham direito ao benefício, podem responder por crime de falsidade ideológica. Os possíveis crimes vão ser apurados pela Polícia Federal.
O Ministério da Cidadania informou que quase 40 mil pessoas devolveram o dinheiro. Com isso, R$ 39,5 milhões voltaram aos cofres públicos.