O juiz federal da Quinta Vara de Mato Grosso Jefferson Schneider inocentou o ex-secretário Éder de Moraes e o ex-deputado estadual Gilmar Fabris da acusação de lavagem de dinheiro.
A decisão foi um desdobramento de outro processo em que a empresária Marilena Aparecida Ribeiro e Silva era investigada como operadora de um suporto esquema de desvio de dinheiro via uma instituição financeira clandestina. Ela foi absolvida, e o juiz entendeu que a acusação contra os agentes políticos ficou sem fundamento.
“Se a denúncia imputando à acusada o crime de operação de instituição financeira ilegal foi rejeitada, não é possível falar em lavagem de dinheiro, que pressupõe um crime antecedente”, afirmou.
A decisão é de quarta-feira (8) e além de Éder de Moraes e Gilmar Fabris, outras 4 pessoas foram absolvidas pelo juiz Jefferson Schneider. Todas elas eram investigadas na Operação Ararath, deflagrada em 2013.
O Ministério Público Federal (MPF) dizia na denúncia que, no caso, Éder de Moraes e Gilmar Fabris teriam escondido o recebimento de R$ 447,9 mil via transações de uma instituição financeira falsa, que foi vinculada à empresária Marilena Aparecida nas investigações. A movimentação do dinheiro teria ocorrido em 2011.
A Ararath foi deflagrada pela Polícia Federal para investigar indícios de pagamentos ilegais a empreiteiras pelo governo de Mato Grosso, durante a gestão de Silva Barbosa. Éder de Moraes foi secretário de Fazenda de Silva.