A Prefeitura de Cuiabá vai transferir 30 leitos de UTI dedicados ao tratamento de pacientes da covid-19 do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) para o Hospital São Benedito. E a comunicação do fato ao governo de Mato Grosso gerou polêmica nesta quinta-feira (28).
Sites de notícia publicaram manifestações do governador Mauro Mendes (DEM) e do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, criticando a iniciativa. Ambos teriam entendido que os leitos seriam simplesmente desativados.
O problema, além do fato de o surto da doença ainda estar em ascensão em Mato Grosso, é que o município recebeu dinheiro federal – cerca de R$ 5 milhões – para manter estas unidades abertas por um período de 90 dias.
O próprio documento assinado pelo secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Possas de Carvalho, e endereçado ao secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, sustenta, todavia, que haverá uma transferência.
Dos 40 leitos de UTI que deixarão de funcionar no HMC, 30 serão levados para o Hospital São Benedito. O ofício ressalta ainda que a Prefeitura vai entrar em contato com a União para devolver a parte do recurso – referente aos 10 leitos restantes – que não será utilizada.
Por que transferidos?
No documento, a Prefeitura de Cuiabá afirma que a transferência se faz necessária por conta do aumento de casos de urgência e emergência na rede pública de saúde da Capital. Situações que teriam relação com o aumento da circulação de pessoas nas ruas, dada a flexibilização das regras de isolamento social.
Segundo o município, o HMC é o único hospital da Capital “de portas abertas” 24 horas por dia, por isso, o mais procurado quando se trata de problemas não relacionados à covid-19.