Consumo

2020 chegou e só 11% dos brasileiros têm dinheiro para começar o ano sem dívidas

Para a maioria esmagadora da população, foi preciso economizar e até trabalhar mais para garantir o dinheiro extra que o início do ano cobra

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2020 chegou e só 11% dos brasileiros têm dinheiro para começar o ano sem dívidas
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

As festas de fim de ano passaram, o IPTU e o IPVA estão batendo na porta e só 11% dos consumidores brasileiros têm dinheiro para pagar essas dívidas.

A afirmação vem de um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

No seleto grupo de 11%, aliás, só entrou quem não precisou sequer fazer aquela economia ao longo do ano passado para evitar entrar em 2020 no vermelho.

Para a maioria dos brasileiros que vão conseguir pagar as contas de início de ano, o Natal foi mais modesto. Segundo a pesquisa, 26% deles evitaram comprar tudo que queriam no período de festas.

Também teve quem guardasse um pedacinho do 13º salário (21% dos entrevistados fizeram isso) e quem fosse juntando dinheiro “no cofrinho” ao longo de 2019 (a realidade de 17% dos ouvidos na pesquisa).

De acordo com o levantamento, 14% dos brasileiros resolveu o problema trabalhando mais, ou seja, arrumando um “bico” para fazer dinheiro extra para essas despesas.

Esse ano vai!

E todo ano é a mesma coisa: quase todo mundo promete que vai se organizar financeiramente, mas não coloca a “resolução” em prática. A pesquisa apontou que 22% dos consumidores do país sequer pensou nessas contas de início de ano.

Superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá), Fábio Granja defende: nunca é tarde para começar.

“O ideal é fazer o cálculo de entrada de recursos e quais são as dívidas para não ficar no sufoco depois. É importante ter esse cuidado para não ficar inadimplente ou tendo que parcelar as despesas. Para quem não se planejou no fim de 2019, pode fazê-lo em 2020”.

Ah, o parcelamento!

Sempre parece uma boa alternativa, mas segundo o levantamento do SPC Brasil, na média, o brasileiro que parcelou as compras de Natal só vai terminar de pagar essas prestações em abril.

E quanto ao IPTU e IPVA, embora seja possível – e em alguns casos até um bom negócio – parcelar o pagamento, a recomendação dos especialistas sempre é: se livre do problema o mais rápido possível.

Você já sabe que vai ter que pagar essa conta todos os anos, então, monte uma reserva específica para isso e não sofra.

Quando é um bom negócio?

O primeiro passo é avaliar se o desconto para o pagamento à vista desses impostos vai ser maior do que o valor que você vai ganhar se investir esse dinheiro.

A CDL Cuiabá fez um cálculo tem como exemplo a poupança. Ela rende 0,3% ao mês e é isenta de taxas.

Então, se você for parcelar o IPTU em 10 vezes, o pagamento à vista vai ser uma opção melhor só se o desconto for superior a 1,5%.

No caso do IPVA, usando um exemplo de parcelamento em três vezes, seria melhor pagar à vista se o desconto superar os 0,5%.

(Com Assessoria)

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