O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa, admitiu que a prefeitura poderá paralisar obras para cobrir a folha de pagamento de servidores no começo do próximo ano.
Segundo ele, a suspensão dos cronogramas é uma alternativa que poderá ser usada em janeiro e fevereiro de 2023, tempo estimado para se chegar a uma solução de compensação da perda de arrecadação do ICMS.
“O risco de caixa existe porque a decisão de abaixar os impostos sem compensar estados e municípios é muito ruim. Cuiabá está perdendo até dezembro R$ 70 milhões, é uma folha de pagamento do mês”, afirmou.
O valor de R$ 70 milhões que deixará de entrar no caixa da prefeitura seria causado pela menor arrecadação sobre combustíveis, energia elétrica e telefonia, aprovada no início deste semestre no Congresso.
Para Cuiabá, esse problema é acrescido às dificuldades de liberar R$ 85 milhões de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O prefeito Emanuel viajou nessa segunda-feira (19) ao Rio de Janeiro para tentar negociar com a direção do banco a transferência do dinheiro.
Segundo a prefeitura, a quantia seria para obras em bairros. “Se for necessário, é melhorar paralisar as obras do que prejudicar os servidores. Mas, estamos um planejamento bastante rígido com as empresas para evitar parar as obras e prejudicar os servidores”, complementou Stopa.