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Vereador Carlino de Campos Neto, de Várzea Grande
O vereador por Várzea Grande Carlino de Campos Neto (PV) foi preso em flagrante na noite deste domingo (2) sob suspeita de dirigir embriagado. Depois de uma colisão com um veículo estacionado, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro.
A ocorrência foi atendida pela Guarda Municipal de Várzea Grande que, na última quarta-feira (28), foi alvo de uma noção de repúdio aprovada na Câmara de Veadores.
“Ele acabou se confundindo, engatou a ré e atingiu o carro que estava atrás. Estava em visível estado de embriaguez”
De acordo com a sub-comandante da Guarda Municipal, Cristiane Prado, a colisão ocorreu por volta das 22h de domingo.
Carlino Neto teria tentado sair com seu carro de uma vaga de estacionamento quando colidiu com outro veículo, também parado.
“Ele acabou se confundindo, engatou a ré e atingiu o carro que estava atrás. Estava em visível estado de embriaguez, então foi chamado para ir até o posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para fazer teste do bafômetro, mas se recusou. O procedimento, neste caso, foi levá-lo até a delegacia para lavrar o flagrante e confeccionar a multa”, explica a sub-comandante.
Ainda segundo Cristiane Prado, as informações que se têm até agora são de que o vereador acabou liberado após pagar fiança. A reportagem de o LIVRE tentou contato com Carlino Neto, mas o telefone celular dele estava desligado.
Moção de repúdio
A prisão do vereador ocorreu dias depois que 16 dos 21 parlamentares de Várzea Grande aprovaram uma moção de repúdio contra a agente Stefanny Anjos, por ela ter aplicado uma multa ao vereador Edilei Roque de Cezaro, o Neni Chimarrão (PTC), que havia estacionado em local proibido.
Neni teria parado seu veículo em cima da calçada, bloqueando uma rampa de acesso a cadeirantes, em frente da Prefeitura de Várzea Grande.
“Eu falei que ela podia fazer
o papel dela, que era me multar.
O que não concordei foi
com a grosseria”
Ao LIVRE, Neni Chimarrão reconheceu o erro e garantiu que vai pagar a multa. Argumentou, todavia, que a postura da agente perante a situação é que foi o real motivo da moção de repúdio, de autoria do vereador Pedro Paulo Tolares, o Pedrinho (DEM).
“Realmente, era um local proibido, mas [faltou] um pouco de bom senso da parte dela. Eu falei que ela podia fazer o papel dela, que era me multar. O que não concordei foi com a grosseria. Ela chegou a colocar a mão na arma”, afirma.
Já Stefanny Anjos sustenta que agiu dentro da lei e que chegou a alertar o parlamentar sobre o local proibido para estacionamento assim que ele desceu do carro. “Ele me disse que não ia retirar o veículo porque outros também estavam estacionados ali. Eu respondi que já tinha autuado os demais e ele me disse que eu poderia multar ele também, porque até o final do dia reverteria a multa, que aquilo era só um papel”, conta.
Procedimento administrativo
Secretário de Defesa Social de Várzea Grande, órgão ao qual a Guarda Municipal é subordinada, Alexander Maia, afirma que já solicitou o áudio da sessão da Câmara em que a moção de repúdio foi aprovada e que, após análise, um procedimento administrativo deve ser instaurado para apurar o ocorrido.
Ele sustenta, todavia, que, a princípio, o entendimento da secretaria é que a agente Stefanny Anjos agiu corretamente. “Já fizemos várias campanhas de orientação e nossos guardas passaram por uma capacitação de 18 meses. Além disso, quem é que não sabe que não pode estacionar o caro na calçada? É um mal hábito do brasileiro, não só da população de Várzea Grande”, pontua.
Estacionamento
O secretário reconhece, no entanto, que o prédio da prefeitura precisa de mais vagas adequadas para os visitantes. Segundo ele, o assunto já foi levado à prefeita Lucimar Campos (DEM), e um estudo está sendo realizado. A proposta inicial é que o novo estacionamento seja construído em um terreno nos fundos do prédio que abriga o Paço Municipal.
