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Valternir diz que MPF está equivocado em denúncia de “posto de propina”

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Valternir diz que MPF está equivocado em denúncia de “posto de propina”

Ednilson Aguiar/O Livre

 deputado federal Valtenir

O deputado Valtenir Pereira também foi citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa

O deputado federal Valtenir Pereira (PSB) afirmou que o Ministério Público Federal (MPF) cometeu um “grande equívoco” ao denunciá-lo por gastos em um posto de combustível, o qual pode ter sido utilizado para lavagem de dinheiro vindo de esquemas de propinas que são alvos da Operação Ararath.

“De início, há um grande equívoco por parte do MPF. O combustível foi empregado no exercício da atividade parlamentar, atendendo as mais diversas demandas que chegam no Escritório Parlamentar em Cuiabá, tanto da capital, da baixada cuiabana, quanto do interior do estado.”, afirmou o parlamentar em nota enviada à reportagem do LIVRE. 

O inquérito veio à tona depois que o blog do Fausto Macedo, do Jornal O Estado de São Paulo noticiou o caso nesta terça-feira (14). O processo está sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso. O delator Gércio Marcelino Mendonça Júnior foi quem teria ajudado os investigadores. Ele confessou que os postos – da Rede Amazônia Petróleo – eram usados para promover a lavagem de dinheiro beneficiando políticos mato-grossenses.

Ainda segundo blog, nos postos de gasolina do delator, o deputado federal Valternir Pereira (PSB) gastou, por diversas vezes, valores exatos de R$ 2 mil.

Quando questionado pela Procuradoria-Geral da República, o parlamentar afirmou que a repetição dos valores nas notas se dá em razão do fato de que a aquisição de combustíveis é feita por meio de tickets de mesmo valor R$ 10,00 (dez reais); e a escolha pelo posto de combustíveis se deu em razão de sua localização, próxima ao seu gabinete.

No entanto, segundo o blog, ao pedir as investigações ao Supremo, a PGR explicou que entre os anos de 2014 a 2016 o parlamentar gastou mais de R$ 97 mil em combustível em outro posto da rede localizado a mais de 4 quilômetros do gabinete de Valtenir, o que em filial localizada a 4 quilômetros do escritório do parlamentar, “infirmando, assim, a justificativa apresentada por ele”.

Para o Ministério Público a conduta de Valtenir pode “revelar desvio de recursos públicos referentes à cota para exercício de atividade parlamentar”.
Para o ministro relator Luís Barroso, um primeiro exame dos autos apresenta elementos que indicam a prática de crime de peculato, em especial, o fato de que a maior parte dos valores com combustível ter sido gasto em filial do posto da rede Amazônia de Petróleo mais distante de seu escritório.

“Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de notícia fundada somente em denúncia anônima … diante disso, há o interesse da sociedade em ver esclarecidos os fatos”, diz trecho do inquérito.

Veja nota completa

“De início, há um grande equívoco por parte do MPF. O combustível foi empregado no exercício da atividade parlamentar, atendendo as mais diversas demandas que chegam no Escritório Parlamentar em Cuiabá, tanto da capital, da baixada cuiabana, quanto do interior do estado. No momento oportuno tudo ficará esclarecido e devidamente comprovado que não há qualquer contorno criminal e muito menos eventual elemento mínimo e razoável para sustentar a investigação, isso porque o nosso mandato é um mandato popular, exercido em favor do povo, que exige muito trabalho, com bons resultados.

Por fim, esclareço que não tem qualquer fundamento a menção do meu nome pelo ex-governador Silval Barbosa em depoimento ao MPF, porque nunca tratamos de nada ilícito, pelo contrário, todas as tratativas que realizamos dentro do seu governo foram institucionais e republicanas, tudo em favor dos mais relevantes interesses do povo Mato-grossense.”

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