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Turismo: 3 dos melhores destinos para uma viagem de férias pelo Norte do Brasil

Que tal já programar sua viagem de férias de julho? Separamos 3 opções "diferentonas" entre os melhores destinos da Região Norte

12 minutos de leitura
Turismo: 3 dos melhores destinos para uma viagem de férias pelo Norte do Brasil
(Foto: Reprodução da Internet)

Quem vive em Mato Grosso sabe o quanto o turismo no centro-norte do Brasil é subestimado. Isso porque não costuma ser uma tarefa fácil descobrir os melhores destinos para visitar nas regiões Norte e Centro-Oeste. E foi pensando nisso que esse texto nasceu.

Aqui estão 3 opções para sua próxima viagem de férias. Mas antes de rolar a página para descobrir quais são, você precisa saber o que elas têm em comum:

  • são viagens pela região Norte do país;
  • estão na lista dos melhores destinos dos amantes de ecoturismo;
  • a melhor época para essas viagens é nas férias de julho;
  • em nível de aventura, a lista vai do destino mais soft ao mais hard.

Ou seja, escolhendo um desses 3 locais para sua próxima viagem, você vai pode se gabar de não ter ido para um destino “manjadão” e, com certeza, vai vivenciar uma experiência diferenciada.

Então vamos lá…

1. Alter do Chão, no Pará

Alter do Chão é uma joia (já não tão) escondida às margens dos rios Tapajós e Arapiuns. A pequena vila de 6 mil habitantes é o primeiro item dessa lista por ser a viagem mais fácil das 3 opções. Trata-se de um destino a 34 km do aeroporto de Santarém. Você vai viajar por estrada pavimentada e terá diversas opções de hospedagem na própria Alter do Chão.

Ir até lá é uma experiência única, porque você pode conhecer de perto um pedacinho da Amazônia e ainda desfrutar de praias de águas doce, simplesmente, deslumbrantes.

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Praias e passeios aquáticos
Alter do Chão é tem inúmeras praias, algumas famosas, outras paraísos secretos. Um dica para tornar a viagem de férias mais interessante são os passeios de barco ou lancha, oferecidos por agências locais ou barqueiros particulares. E você não pode sair de lá sem passar pela Ilha do Amor. É o principal destino de Alter do Chão, com quiosques, caiaques para aluguel e um entardecer espetacular às margens do Rio Tapajós.

Comunidade Ribeirinha
Um passeio que não pode falar no seu cronograma é visitar uma comunidade ribeirinha no Rio Arapiuns. Os passeios incluem paradas para almoço com pratos à base de peixes frescos. Para ter uma experiência gastronômica autêntica e completa, reserve tempo para uma merecida soneca em redes tradicionais após a refeição.

Trilha na Floresta Nacional do Tapajós
Você não foi para a Amazônia direito, se não tiver conhecido uma floresta. O passeio na Floresta Nacional do Tapajós é uma experiência mágica a poucos passos de Alter do Chão. Além das trilhas, você poderá se banhar em águas cristalinas e desfrutar de um autêntico almoço caseiro, preparado pelas comunidades locais. Quer uma imersão de verdade? Faça o passeio com pernoite na floresta.

Canal do Jari
E se o seu lance é ver natureza, você vai ter que fazer o passeio pelo Canal do Jari. Você vai navegar pelo cenário deslumbrante da região, observando casas ribeirinhas, vegetação exuberante e corre grande chance de avistar animais como preguiças, macacos, jacarés e botos. Na época da chuva, beleza fica por conta das vitórias-régias.

Dicas para o viajante:
Melhor época: sugerimos que você vá nas férias de julho. Alter do Chão ainda estará no inverno amazônico, que é a melhor época para os passeios de barco e a observação da floresta e vida animal. Mas também estará entrando no verão amazônico (entre agosto e dezembro), que é a melhor época para  desfrutar das praias.
Internet e dinheiro: as pousadas costumam ter wi-fi, mas a velocidade é limitada. Sinal de celular também não é dos melhor, principalmente nas praias. Além disso, é bom levar dinheiro em espécie, já que nem todos os locais aceitam cartões ou PIX.

2. Juma Amazon Lodge, Amazonas

Não, o Juma não é “só” um hotel. É um destino turístico completo. Perfeito para quem sempre teve vontade de conhecer a floresta Amazônica, mas achava que seria uma viagem complexa demais. Ele fica localizado a cerca de 100 km de Manaus, numa área de 7 mil hectares de natureza preservada.

Quando você se hospeda, compra o pacote completo, com todas as refeições e um roteiro de passeios exclusivos. A estadia, aliás, será em um dos 20 bangalôs construídos sobre palafitas, o que dá a impressão de que estão suspensos entre as árvores.

E a aventura começa já na viagem de Manaus até o Juma. Ela dura, aproximadamente 3 horas e também está incluída no pacote. Você passará por dois trechos de barco e um por terra. Isso se não preferir fazer a viagem em um hidroavião, mas tem pagamento à parte do pacote.

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Atividades no hotel
Simplesmente passar alguns dias em um dos bangalôs do Juma já satisfaria muita gente que quer se desligar da rotina e viver dias de paz e sossego. Mesmo para essas pessoas, ainda é possível desfrutar do redário contemplando a natureza ou da piscina, projetada cuidadosamente para parecer integrada ao Rio Juma.

À noite, os visitantes podem aproveitar a escuridão da floresta para observar o céu com o telescópio profissional disponível no hotel. Além disso, é recomendado reservar ao menos um dia para explorar o museu do Juma e conhecer mais sobre fauna, flora, lendas e costumes da Amazônia.

E, embora os bangalôs já estejam na copa das árvores, você não pode sair do Juma sem ter subido a torre de 31 metros, de onde é possível ter uma vista panorâmica da floresta.

Passeios pelos rios
O roteiro de atividades do Juma tem, pelo menos, três versões de passeios de barco, ou melhor, de canoa. Você vai pode remar pelos igarapés (riachos) e igapós (floresta inundada) durante o dia e também durante a noite. O passeio noturno, é especialmente emocionante e permite a observação da fauna local. Também é possível sair de barco para testar suas habilidades de pesca com as piranhas. Tudo acompanhado de guias.

Passeios na floresta
O roteiro do Juma, claro, também caminhadas pela floresta. Você vai poder plantar uma árvore, ter aulas de sobrevivência com um guia especializado, visitar árvores centenárias e fazer uma escalada pela floresta. O Juma tem parceria com a Amazon Tree Climbing, empresa especializada nesta atividade.

Interação com a natureza
Para os mais corajosos, o Juma também propicia uma noite dormindo em redes no meio da floresta. E se você acha que não dá pra passar pela Floresta Amazônica sem conhecer uma aldeia indígena ou, até mesmo, nadar com os botos, também é possível fazer essas atividades. Algumas delas, no entanto, podem não estar incluídas no pacote.

Dicas para o viajante:
Melhor época: de março a agosto, a floresta está inundada, então os passeios de barco ficam mais interessantes. Já na seca, de setembro a fevereiro, é mais fácil pescar as piranhas e ver os jacarés. Além disso, os bangalôs “ganham altura”, passando mais a impressão de que você está hospedado na copa das árvores. As férias de julho caem exatamente no meio termo entre essas duas temporadas.
Organização e proteção: você precisa saber que os passeios têm roteiros flexíveis, sujeitos a alterações climáticas. Além disso, há um limite de bagagem por pessoa: 10kg. E sempre é bom consultar quais vacinas são recomendadas para viajantes que vão para a Amazônia. Embora o Juma esteja localizado em uma região que, segundo o hotel, não tem uma proliferação de mosquitos tão alta, repelente é item obrigatório na sua mala.

3. Jalapão, Tocantins

O Jalapão é o terceiro item dessa lista porque visitá-lo exige um pouco mais de disposição para aventuras. Localizada a cerca de 300 km de Palmas, capital do Tocantins, a região inclui vários municípios como Novo Acordo, Ponte Alta, Mateiros e São Félix. São 34 mil km² de áreas de preservação no meio do cerrado brasileiro.

O aeroporto mais próximo é o de Palmas. A partir de lá, a jornada continua por estradas desafiadoras e não pavimentadas. Você vai precisar de um veículo 4×4 e um motorista experiente. Mas antes de desistir, saiba que existem agência de turismo especializadas que fazem todo esse “corre” para você. Só não espere grandes redes hoteleiras. O charme dessa viagem é justamente a autenticidade de pousadas simples e campings.

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Dunas do Jalapão e Serra do Espírito Santo
As imponentes dunas no Parque Estadual do Jalapão são, provavelmente, a primeira imagem que você vai ver, se pesquisar sobre o local na internet. Elas são o cartão postal dessa viagem e o passeio obrigatório é assistir a um pôr do sol, que promove um espetáculo imperdível de mudança de cores na areia.

A vista das dunas é para a Serra do Espírito Santo, cuja trilha de subida, embora desafiadora, proporciona vistas recompensadoras. Dizem que o ideal é curtir um nascer do sol de lá de cima.

Cachoeira do Formiga e Cachoeira da Velha
Não dá para ir a um paraíso no meio do cerrado e não tomar um banho de cachoeira. E o Jalapão tem, pelo menos, duas que valem a pena. A Cachoeira do Formiga tem águas verde intensas, uma paleta de cores única. A temperatura é ideal para um mergulho refrescante. Já a grandiosa Cachoeira da Velha, a maior do parque, convida para uma aventuras de rafting. É um passeio para os mais corajosos, que são recompensados com uma vista completas de todos os ângulos do local.

Fervedouros
Os fervedouros são nascentes de água surpreendentes que proporcionam uma experiência única de flutuação. A força dos lençóis freáticos impede os visitantes de afundar. O fervedouro Bela Vista, com seus 15 metros de diâmetro e água azul deslumbrante, é o mais famoso do Jalapão.

Pôr do Sol na pedra furada
E para ter uma foto típica de quem foi ao Jalapão, você precisa visitar a pedra furada ao pôr do sol. A luz que passa pelo buraco feito pelo vento cria uma moldura de rocha para fotos 100% instagramáveis. A melhor parte é que chegar à pedra furada é fácil.

Dicas para o Viajante:
Melhor época: a exemplo do restante dessa lista, o mês de julho é o mais indicado. Isso porque a unidade do ar ainda está alta e a vegetação verde. Ainda é cerrado, então o clima é parecido com o de Mato Grosso. Você não vai querer estar lá no auge da temperada de seca e não vai aproveitar se for na época da chuva.
Contrate um guia: por se tratar de um local ainda não tão explorado pelo turismo, é altamente recomendável ir com uma agência ou contratar um guia local experiente. As estradas são desafiadoras e a cobertura de telefonia móvel é escassa.

Resumão e preços!

Alter do Chão

Alter do Chão
(Foto: Visit Brasil)

Se você quer uma viagem menos complexa, ou seja, sem a necessidade de ir muito longe de grandes centros, a melhor opção é Alter do Chão, já que a vila está relativamente perto do aeroporto. Essa também pode ser uma viagem bem econômica. Você vai encontrar opções de hospedagem e restaurantes para todos os tipos de orçamento.

Para aproveitar bem Alter do Chão, o ideal é que você tenha uma reserva em dinheiro para fazer alguns passeios. A maioria deles são pagos e você terá a opção de fazê-los de forma coletiva, com outros turistas, o que costuma sair mais barato (cerca de R$ 150 por pessoa); ou contratar guias exclusivos (de R$ 800 a R$ 1 mil por passeio).

Mas se você quiser só ficar hospedado num lugar legal com acesso a uma das praias, você vai gastar pouco. Em outras palavras, é difícil citar preços aqui. Eles vão variar muito de acordo com a experiência que você quer ter.

Juma Lodge

Juma Amazon Lodge
(Foto: Juma Amazon Lodge)

Já o Juma Amazon Lodge é, sem dúvida, a viagem mais cara dessa lista. O hotel é considerado de luxo e todas as refeições, deslocamentos e praticamente todos os passeios estarão inclusos no pacote. Logo, já era de se imaginar que não seria barato. A vantagem é que você não vai precisar se preocupar com mais nada, além do pagamento.

As diárias no Juma variam, como em todo hotel, de acordo com o tipo de hospedagem. Os bangalôs com diárias mais baratas podem custar cerca de R$ 5 mil por noite para um casal. Já a diária do mais caro, passa dos R$ 10 mil.

O Jalapão

Jalapão
(Foto: Visit Brasil)

O custo dessa viagem também vai depender muito do tipo de acomodação que você vai escolher e dos passeios que quer realizar. Sim, no Jalapão é tudo mais “rústico”, mas há opções, por exemplo, de camping que, normalmente, são baratas do que pousadas.

Além disso, as agências costumam ter diferentes roteiros pelos atrativos. Os com mais opções e, consequentemente, mais longos, claro, custam mais. Um de 5 dias por exemplo, pode sair na faixa de R$ 3 mil por pessoa.

Lembrando que não é recomendável que você faça essa viagem por conta própria, sem uma agência ou guia local.

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