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Tucanos reabrem discussão pela ferrovia em Cuiabá

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Tucanos reabrem discussão pela ferrovia em Cuiabá

Ericksen Vital

ferronorte

 

A tão sonhada chegada dos trilhos em Cuiabá voltou a ser discutida entre líderes do PSDB. Nesta quarta, 15, durante encontro articulado pelo deputado e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Nilson Leitão, o governador de São Paulo (SP), Geraldo Alckmin, declarou apoio ao governador Pedro Taques, que luta pela expansão da Ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte) até a Capital.

Ao LIVRE, Nilson Leitão explicou que o incentivo à chegada da ferrovia é um trabalho que deve ser feito em conjunto com os dois estados. “Ambos precisam ter o mesmo projeto, pois dependemos da malha ferroviária de São Paulo para chegar até Cuiabá”, explicou.

O assunto voltou à tona depois da edição da Medida Provisória 752/2016, que visa estimular as concessões no país. Entre as ações, a MP prevê a antecipação dos contratos de concessões de ferrovias e a destinação de investimentos na própria malha ou naquelas de interesse da administração pública.

A reunião contou com a participação do presidente da Rumo ALL, Júlio Santana, do CEO (Chief Executive Officer) do Grupo Cossan S/A, Marcos Lutz, responsáveis pela concessão da Ferronorte e do presidente do Instituto Teotônio Vilela, Carlos Antonio Borges Garcia. Segundo o deputado, a empresa está preparada para continuar com as obras. “O trecho já é dela, mas o que é preciso para dar continuidade no projeto é que se aumente os anos de concessão na malha paulista”, destaca.

Nilson esclarece que a Rumo ALL possui apenas mais 9 anos de concessão e a intenção – que já está sendo analisada pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) – é que a concessão se estenda por pelo menos mais 30 anos. “A proposta é que se amplie a permissão de 2018 para 2058. Isso daria o resultado econômico que a empresa precisa”, disse.

Segundo Taques, com a possível renovação a concessionária da Ferronorte terá maior capacidade de investimentos, garantindo os recursos para aplicação na construção dos trilhos até a Capital. “A nossa defesa é que a ferrovia passe por Cuiabá e corte para o Médio Norte do estado paralela à rodovia BR-163. Não abrimos mão dos trilhos em Cuiabá”, declarou o governador. E completou: “Alckmin apoia a construção deste ramal”.

Por sua vez, de Brasília, o senador Wellington Fagundes (PR-MT), membro da Comissão de Infraestrutura, disse que é preciso estabelecer compromisso com prazo definido para que os trilhos da Ferronorte cheguem até Cuiabá e avancem em direção às regiões produtoras de grãos. Essa condição, segundo ele, precisa ficar clara no texto MP 752.

Na prática, o valor proveniente da taxa de outorga da Malha Paulista seria suficiente para a realização da implantação do traçado da ferrovia Rondonópolis/Cuiabá, cujo valor apresentado foi de R$ 1,3 bilhão. “O valor não seria pago diretamente a União, mas sim utilizado pela própria concessionária em projeto de expansão da malha ferroviária”, concluiu Taques.

Estimo ao agronegócio 

Para Nilson, o avanço da malha ferroviária fará com que o agronegócio mato-grossense dê um salto de competitividade frente aos demais mercados. “Mato Grosso é hoje ao maior produtor de grãos do Brasil, mas a grandeza de nossa produção esbarra na logística de transportes”.

Em Mato Grosso, o primeiro terminal intermodal de cargas foi inaugurado em setembro de 2013, em Rondonópolis. Hoje já existem outros três terminais: Alto Taquari, Alto Araguaia e Itiquira, mas esta continua sendo a única ferrovia no Estado. 

Segundo o parlamentar, a viabilidade do trilho passar por Cuiabá e depois se conectarem a linha do Nortão ficou comprovada por meio de estudos feitos pela ANTT. O material foi apresentado por 16 entidades que compõem o Fórum Pró-Ferrovia ao governador mato-grossense. “Com esta obra será possível aumentar o escoamento da produção agrícola, que deve passar dos atuais 50 milhões de toneladas de grãos para 90 milhões’, concluiu.

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