Crônicas Policiais

Traficante usava namorada porque cidade não tem policial feminina

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Traficante usava namorada porque cidade não tem policial feminina
Ilustrativa

Um traficante de 21 anos criou uma “estratégia” para não ser pego em flagrante vendendo drogas. A cidade em que ele vive, Marcelândia (642 km de Cuiabá), não possui nenhuma policial feminina, então, ele colocou a namorada, uma adolescente de 15 anos, para fazer a entrega da droga, já que, ainda que ela fosse encontrada, ninguém poderia revistá-la.

No último domingo (3), no entanto, os dois foram pegos em flagrante. Ele foi preso e a adolescente apreendida.

Conforme o boletim de ocorrência, o suspeito comercializava drogas (maconha e pasta base de cocaína) na região do Bairro Vila Esperança, em Marcelândia, uma cidade no interior de Mato Grosso que tem pouco mais de 10 mil habitantes.

A Polícia Militar recebeu denúncias sobre o tráfico e informações que foram importantes para que o suspeito fosse preso. O denunciante afirmou que o suspeito tinha uma namorada que era usada para carregar a droga e realizar as entregas. Por lei, somente policiais femininas podem revistar mulheres.

“A dificuldade de localização é muito grande, pois [ela] não pode ser revistada. E, se por ventura, ocorresse algum desacerto da polícia localizar a droga com o casal, [o suspeito] manda a menor assumir tudo para sair limpo da situação”, descreve o boletim de ocorrência.

A partir da denúncia, os policiais intensificaram as rondas na região em que o casal agia, até que, nesse domingo (3), os dois foram vistos saindo da mata do Parque Buriti. Os militares aproveitaram a oportunidade e foram até o casal.

Assim que viu a equipe, o suspeito jogou dois pacotes grandes de cor branca no chão, que, depois de checar, os policiais constataram que era pasta base de cocaína.

Como era uma prisão em flagrante, os policiais aproveitaram a surpresa e seguiram até a casa do suspeito, onde encontraram mais uma porção grande de pasta base e outra de maconha, além de uma grande quantia de dinheiro trocado – característico do tráfico de drogas – e um comprovante de depósito de R$ 590, que o suspeito disse ter feito a mando de um detendo, como pagamento a uma fornecedora de drogas.

Os militares também revistaram a casa da adolescente, mas nada foi encontrado. Segundo o boletim de ocorrência, o casal disse que escondia a droga na casa dela somente enquanto os pais da adolescente estavam viajando a trabalho. Quando estes chegaram, os dois levaram o que sobrou da droga para a residência do jovem traficante.

Os dois foram encaminhados para a delegacia, onde o caso foi registrado como associação para tráfico ilícito de drogas, tráfico ilícito de drogas e corrupção de menores.

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