Em depoimento de delação premiada, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral afirmou que o ministro Dias Tóffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu propina para alterar seu voto.
De acordo com o ex-governador do Rio, Tóffoli teria recebido R$ 3 milhões para alterar seu próprio voto, e R$ 1 milhão para conceder liminares favoráveis a prefeitos do Estado do Rio.
De acordo com a revista Crusoé, o pagamento ao ministro foi operacionalizado através de uma estrutura de recursos ilícitos pelo ex-secretário de Obras Hudson Braga, ligado ao ex-governador Pezão.
O ministro ainda é acusado por Cabral de obstruir 12 inquéritos abertos com base na delação dele, que foram abertos por outro ministro do STF, Edson Fachin, no ano passado.
O depoente afirma que Tóffoli facilitava processos onde obtinha vantagens financeiras e dificultava ou impossibilitava processos onde não era beneficiado.
PF quer investigar ministro
Na última segunda-feira (11), a Polícia Federal pediu ao STF abertura de inquérito para investigar Tóffoli sobre as supostas vendas de sentenças.
Ministro nega corrupção
Até o momento, Tóffoli nega ter recebido qualquer recurso para alterar votos em sessões do Supremo Tribunal Federal.