A menos que o futebol mato-grossense se desenvolva de forma extraordinária e em tempo recorde, o COT do Pari, Centro Oficial de Treinamento de Várzea Grande, vai ser mantido exatamente como está: abandonado e pela metade.
Retomando obras inacabadas desde que se sentou na cadeira de governador de Mato Grosso – em 1º de janeiro deste ano – Mauro Mendes (DEM) deixou claro nesta segunda-feira (16) não ver necessidade alguma de construir mais um “campo de futebol” no Estado.
“Não temos aqui 10 ou 15 times disputando as séries A, B ou C para justificar ter tantos campos, que custam para fazer e para manter”, disse o governador, citando a Arena Pantanal, o estádio Dutrinha e o COT da UFMT, todos localizados em Cuiabá.
Sobre o COT da UFMT, aliás, o tom de Mauro Mendes entregou que a obra só será concluída pelo seu governo por restar pouco a ser feito. “Esse nós estamos terminando, porque estava com 85%” da estrutura pronta.
O COT do Pari é uma das vááárias obras que deveriam ter ficado prontas para a Copa do Mundo do 2014, mas não ficaram. Segundo informações datadas de 2017, do próprio governo do Estado, 70% da estrutura estava feita – o local sofreu depredação desde então – e, pelo menos, R$ 21 milhões já haviam sido investidos.
O orçamento inicial era de R$ 31,7 milhões e o consórcio responsável pela obra é – ou era – liderado pela construtora Engeglobal, que pertence à família de Fábio Garcia, hoje suplente do senador Jayme Campos (DEM) e, desde sempre, apadrinhado político de Mauro Mendes.