Um tatuador de 41 anos, identificado como José André Tavares, foi preso nessa terça-feira (28) acusado de estuprar uma cliente, de 25 anos, que foi a seu estúdio fazer uma tatuagem, no Bairro Cophalis, em Rondonópolis (220 km de Cuiabá).
Quando a polícia revistou o local, que também é a casa do tatuador, encontrou ainda duas cobras, uma jiboia e uma cobra americana chama “corn snake”, uma arma e uma porção de maconha.
Estupro
O caso teve início quando a cliente chegou no estúdio para fazer uma tatuagem, por volta das 23 horas. Ela havia marcado horário com o tatuador e foi na companhia do namorado.
Ao chegarem, porém, José André impediu que o namorado da cliente entrasse, alegando que era protocolo de combate à covid-19. O rapaz, de 28 anos, então ficou do lado de fora do prédio e a cliente entrou sozinha.
Na sala da recepção, o tatuador teria pedido para que a jovem ficasse nua e a posicionado sentada; porém, o local da tatuagem não exigiria que a cliente ficasse nua. Além disso, segundo a denúncia, ele passou a acariciá-la nas pernas, aproximando-se das nádegas e abrindo as pernas dela, deixando o órgão genital exposto.
Já na sala onde o procedimento seria realizado, o profissional pediu que a cliente se despisse e ficasse de costas, pois a tatuagem seria feita na parte de trás da coxa.
Porém, enquanto aguardava, a jovem sentiu o suspeito esfregar o órgão genital dele nas nádegas dela. Assustada, ela se virou e o flagrou recolher o pênis e fechar o zíper.
Ao perceber que a cliente estava apavorada, o tatuador tentou disfarçar e convencê-la a ainda fazer a tatuagem, mas ela saiu correndo da sala, em direção ao namorado, que acionou uma equipe da Polícia Militar que passava pelo local.
Prisão
Os policiais foram até o estúdio, onde também era a casa do tatuador, acionaram reforços e cercaram o local. O suspeito tentou fugir pelos fundos da casa, mas acabou detido em cima do telhado e algemado.
Na casa, os policiais encontraram duas cobras, uma jiboia e uma cobra branca americana chamada de “corn snake”.
Também foram encontrados espoletas e pólvora preta, usados para carregar cartuchos, um tablete de maconha, balanças de precisão, dinheiro trocado, uma espingarda adaptada para calibre 22 já municiada, uma arma do tipo besta, flechas e uma machadinha.
Por causa das cobras, a Polícia Militar Ambiental foi acionada e recolheu os animais.
O local tinha câmeras. Os policiais recolheram o equipamento de armazenamento para que seja feita uma análise pericial para ver se as câmeras flagraram o suposto abuso sexual dele contra a vítima.
Ele foi encaminhado para a delegacia acusado de estupro, tráfico ilícito de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e vender, expor à venda, exportar ou adquirir, guardar, ter em cativeiro ou depósito, utilizar ou transportar ovos, larvas ou espécime da fauna silvestre ou produtos e objetos dela oriundos.