Um dos setores mais prejudicados pela quarentena necessária para conter o avanço da pandemia de covid-19, o Turismo foi também o que menos recebeu incentivo do governo federal.
Segundo dados da Câmara dos Deputados, embora tenha sido anunciado R$ 5 bilhões para socorrer o setor, apenas R$ 752,4 milhões foram pagos (15,05%) até 20 de outubro.
Do “orçamento de guerra”, aprovado pelo Congresso para enfrentar os efeitos econômicos da covid-19, o governo federal já gastou 77,7%, o equivalente a R$ 456,84 bilhões.
Os dados foram divulgados nesta semana pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conof) da Câmara dos Deputados.
O maior volume liberado foi para o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais. Dos R$ 254,24 bilhões previstos, R$ 223,82 bilhões (88%) chegaram às mãos da população.
Das duas ações específicas de apoio a empresas de micro, pequeno e médio porte, o governo federal investiu todo o valor previsto do Pronampe – R$ 47,9 bilhões – e metade dos R$ 10 bilhões do Peac-Maquininhas – uma modalidade de crédito garantido por vendas com máquinas de pagamento digital.
No caso do Programa de Manutenção do Emprego e da Renda foram consumidos cerca de 52% dos R$ 51,54 bilhões previstos.
E o financiamento da folha salarial de pequenas e médias empresas, de acordo com a Conof, teve a totalidade dos recursos liberados: R$ 17 bilhões.
O financiamento da folha de pagamentos estava previsto na Medida Provisória 943/2020, que autorizava um repasse total de R$ 34 bilhões. A MP, contudo, perdeu a validade no dia 31 de julho, sem que tenha sido votada pelo Congresso Nacional. Com isso, o dinheiro que não foi gasto até a caducidade da medida provisória é considerado bloqueado
(Com informações da Agência Senado)