Consumo

Só 37% dos mato-grossenses acham que economia vai melhorar em 2023

Economista diz que juros, inflação e o efeito dos índices no mercado de trabalho pesam para o mau humor

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Só 37% dos mato-grossenses acham que economia vai melhorar em 2023

Os números positivos de crescimento três vezes acima da média nacional e o menor patamar de desemprego não animam muito os mato-grossenses para o andamento da economia no país em 2023. 

A ponderação de que os assuntos econômicos vão se aprumar no próximo ano tem sido feita por apenas 37,70% das pessoas. A diferença para aqueles que acham que a situação pode piorar está abaixo de 2 pontos percentuais. O segundo grupo equivale a 36,20% dos mato-grossenses. 

Os números são de pesquisa realizada pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). O impacto técnico é semelhante à situação política, sem nenhuma perspectiva de assumir a dianteira com tranquilidade. 

“A preocupação maior são os juros altos. O patamar em que ele está agora refreia a economia, não reduz o desemprego porque os empresários têm receio de expandir seus econômicos, mesmo que esteja com a intenção e tenha planejado para isso. Não é pouca coisa. Em 2020, a taxa estava em 2%, agora está em 13%. E os juros devem continuar altos para se ter controle da inflação”, explica o economista Eber Capistrano, responsável pela pesquisa. 

Apesar de influência das eleições, a coleta de dados foi realizada antes e depois do segundo turno, as decisões que vem sendo tomadas após têm pesado para o mau humor. Segundo o economista, o furo do teto de gastos, na política nacional, e a perspectiva de recessão econômica, no âmbito mundial, são fatores que explicam a avaliação positiva baixa. 

“A sensação que sintetiza o momento é aquela de alguém vir te pedir uma quantia alta de dinheiro emprestado, mas você não vê como essa pessoa poderá te pagar em um futuro próximo. Você pode emprestar, mas as chances de calote estão visíveis”, comenta. 

O pesquisador afirma que o Brasil deve crescer abaixo de 1% no próximo ano. Ou seja, o desemprego e os juros altos continuam no horizonte do próximo governo. Mato Grosso deve crescer em média de 4% e se manter dentre os estados com o nível de desemprego mais baixo. 

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